A cidade do Rio de Janeiro teve 982 furtos e roubos em coletivos registrados no último mês de janeiro. A maior frequência dos casos foi registrada na Zona Norte da capital. Dados do Instituto de Segurança Pública do Governo do Estado do Rio de Janeiro apontam para a elevação de 37,3% nos casos registrados em comparação com o mês anterior (dezembro/2020).
Nos casos de roubo o aumento foi de 51%. Considerando o mês de janeiro, foram registrados 304 casos de furtos em coletivos na capital. Três quartos desses crimes foram registrados em delegacias localizadas na Zona Norte e Zona Oeste.
No caso dos roubos, a frequência é ainda maior. Dos 678 casos, mais da metade foram registrados na Zona Norte, como mostra o gráfico abaixo, elaborado pelo Instituto Rio21.
No mês de janeiro, a delegacia que mais registrou roubo em coletivo foi a 39ª DP localizada na Pavuna, com um total de 69 casos. Dentre as 10 delegacias que mais registraram casos de roubo, 6 se localizam na Zona Norte, 3 na Zona Oeste e no 1 Centro.
Considerando a série histórica desde 2003, a Zona Norte presenciou por volta de metade dos casos de roubos de celulares todos os anos.
“Eu já fui assaltada várias vezes no ônibus. Também já fui furtada. A gente anda com medo, esconde celular, carteira, bolsa”, conta Beta Costa, moradora da Zona Norte e usuária de transporte público, sobretudo BRT.
A Guarda Municipal informa que realiza ações para coibir crimes nas estações do BRT e dentro dos veículos.
Desde 2012, o número de casos de roubos vem aumentando de maneira significante. Essa tendência foi interrompida em 2020, quando os números sofreram uma grande queda. A redução do número de casos pode ser atribuída à pandemia causada pelo Coronavírus, visto que esse movimento coincide com o início do isolamento social, que reduziu o fluxo de pessoas em coletivos.
Este é um problema municipal que o governo da prefeitura do Rio PRECISA resolver. E não é com armas. A concessão do serviço é municipal. Os empresários tem dinheiro. Basta controle e fiscalização. Mas, se as pessoas entram armadas, fazer o quê? Como pedir que os cidadãos deixem os carros, para correrem o risco de serem assaltadas nos ônibus?