Principal cartão-postal do Rio de Janeiro e do país, o Cristo Redentor será iluminado com a cor verde nesta quinta-feira (02/09), às 19h. A iniciativa tem o objetivo de chamar a atenção para o Setembro Verde, movimento criado em 2007 para alertar a população sobre a necessidade de salvar vidas por meio da doação de órgãos.
Na terça-feira (01/09), a série de comemorações pela data foi aberta com a iluminação no Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio. No próximo dia 15, haverá a apresentação de 35 jovens músicos da Ação Social pela Música. A audição será realizada nas escadarias do Theatro Municipal, às 11h, quando o público que estiver no Centro do Rio poderá assistir ao espetáculo e se sensibilizar com a mensagem da doação de órgãos. E, no dia 24, será a vez do Palácio Guanabara, sede do governo estadual, ser iluminado de verde.
No dia 27, quando é comemorado o Dia Nacional do Doador de Órgãos, parentes de doadores plantarão em São Gonçalo mudas no Jardim do Doador de Órgãos, uma pérgula construída no Hospital Alberto Torres, onde anualmente eles prestam homenagem a seus mortos doadores. Também no dia 27, os Arcos da Lapa, a Igreja da Penha e o Maracanã serão iluminados, entre outros lugares-símbolo do estado do Rio de Janeiro.
“Cristo traz a mensagem de doação. Precisamos chamar a atenção para o assunto e propagar a importância de doar os órgãos para salvar outras vidas. Temos ampliado o número de transplantes e, mesmo na pandemia, conseguimos manter um bom patamar. Porém todo esse esforço esbarra na necessidade de ampliar a rede de doadores. E, por isso, nos dedicamos muito a essa campanha. É importante que essa mensagem se espalhe“, disse o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Brasil lidera ranking
O Brasil é o primeiro país do mundo em número de transplantes de órgãos feito pelo sistema público de saúde. E o estado do Rio vem, nos últimos anos, especializando profissionais e ampliando a capacidade de atendimento das suas unidades para melhorar a oferta de transplantes para a população.
Em julho passado, a Secretaria de Estado de Saúde habilitou a equipe de transplante de pulmão do Instituto Nacional de Cardiologia. Com a capacitação, o Rio de Janeiro passou a ser o terceiro estado do país a realizar esse tipo de transplante. Há 15 anos não se fazia transplante de pulmão no estado.
O Hospital Estadual da Criança (HEC) é outro exemplo. A unidade atende crianças e jovens de 0 a 19 anos, sendo a primeira instituição pública pediátrica no estado voltada para cirurgias de média e alta complexidade, além do tratamento oncológico e transplante renal e hepático. A unidade é especializada também em transplantes renais pediátricos de baixo peso, que são os que têm menos de 15 quilos.
Criado em 2010, o Programa Estadual de Transplantes (PET) foi responsável pela renovação da vida de mais de 6.900 pessoas por meio de transplantes de órgãos sólidos (categoria que engloba os transplantes de fígado, pulmão, intestino, rim, pâncreas e coração) e recuperou a saúde de inúmeros pacientes com transplantes de ossos, ligamentos e pele. Em 2020, 1.075 transplantes foram feitos. O Estado do Rio ocupa o 3º lugar em número absoluto de doadores no ranking do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).