Depois da tempestade, a calmaria, a bonança, a esperança. Depois da vitória histórica que tivemos sobre o fascismo e a extrema-direita, no último dia 30 de outubro, a celebração, porque não somos de ferro. E vamos festejar com uma manifestação cultural que resume bem a nossa luta, a batalha que os jovens pretos e da periferia das nossas cidades enfrentam a cada dia. É com prazer e pela dignidade dessa galera que anuncio e convido, de peito inflado de orgulho, para a Semana do Hip Hop RJ 2022.
Explico, claro, do que se trata: é um projeto que reúne produtores culturais, artistas e defensores dos Direitos Humanos do Rio de Janeiro. O objetivo é fomentar a cultura do Hip Hop em cada canto desse estado tão diverso e incentivar os jovens produtores culturais a realizar eventos focados na história e nos fundamentos do movimento, que completa 50 anos em 2023. Ao oferecer oficinas, debates e palestras, o movimento se fortalece como ferramenta de acesso à cultura e de integração social. Isso tem nome, é democracia.
Vale relembrar, também. A primeira edição, em 2021, contou com nove eventos. Foram sete Rodas Culturais, duas Oficinas em escolas públicas. Nós mobilizamos cerca de 1.500 jovens em quatro cidades. Além da capital, Duque de Caxias, São Gonçalo e Teresópolis abriram os braços para os nossos bondes.
Nesta segunda edição, que começa no próximo dia 7 e vai até o dia 13, vamos ampliar o alcance e as rodas culturais. Estaremos em Itaperuna, São Gonçalo, Cabo Frio, Duque de Caxias, Teresópolis, Valença e Rio de Janeiro. E segue o baile.
Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.