Anos após incêndio, Museu Nacional tem apenas sua fachada reconstruída

As obras para a reconstrução do Palácio de São Cristóvão, que abriga o museu, começaram no ano passado e seguem em meio a enxurrada de denúncias

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Esta imagem provém do Wikimedia Commons, um acervo de conteúdo livre da Wikimedia Foundation que pode ser utilizado por outros projetos. - Foto: Paulo R C M Jr.

No dia 2 de setembro de 2018, o Museu Nacional, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, sofreu com um incêndio que destruiu 80% do acervo histórico, além de ter destruído o Paço de São Cristóvão, uma das construções históricas mais importantes do país. Não foi nem o primeiro e nem o segundo incêndio de bens culturais sob os cuidados da UFRJ. E nesta sexta-feira, (02/09), quatro anos após a tragédia, a Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e representantes do Projeto Museu Nacional Vive promovem um evento, em frente ao Jardim do museu, para anunciar a primeira entrega do chamado ”processo de reconstrução do Paço de São Cristóvão”: a casca do palácio. No ato serão expostas “novidades” sobre balanço das obras, campanha de recomposição de acervos e a céu aberto serão montadas três exposições temporárias, em comemoração ao Bicentenário da Independência. Os jardins da Quinta sofreram uma bela obra, mas esta por conta da Prefeitura.

Palácio de São Cristóvão, que abriga o museu, na Quinta da Boa Vista, passa por um polêmico processo de reconstrução e as obras – cujo resultado final ainda não está muito claro – devem se prolongar até 2026. Esse trabalho, segundo os organizadores do evento de hoje, teve início principalmente por conta de doações de pessoas físicas e parceiros. O site do projeto Museu Nacional Vive informou que foram arrecadados, até agora, R$ 244 milhões para ajudar na reconstrução do local histórico que tem importância nacional. Recentemente, deputados federais apresentaram graves denúncias à CGU sobre o processo de reconstrução, além de o TCU ter apontado fatos bastante curiosos acerca da atuação da ONG encarregada de arrecadação dos recursos para a reconstrução.

Segundo o anteprojeto apresentado à imprensa, não fica claro que haverá um verdadeiro restauro de seu interior. Projeções de arquitetura (renderings) mostram um interior em tijolinhos e ferros retorcidos, com pisos em cimento.

Alexandre Kellner, diretor do museu, destacou, ao G1, que 75% das obras de restauração estão sendo entregues nesta sexta-feira, dez meses após o início dos trabalhos de recuperação do prédio. E que em janeiro de 2023 todo o bloco 1 do casarão histórico estará concluído.

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Incêndio

Em 2018, 80% do acervo, a maior parte dos 20 milhões de itens do museu, entre documentos, objetos, fósseis, múmias, mobiliário, coleções de arte e estudos científicos foram queimados no acidente e provocou estragos no palácio, que não é a sede original do museu, que nasceu em frente à praça da República, em prédio ainda existente.

As obras de reconstrução foram iniciadas em novembro de 2021, depois de três anos de retirada de escombros e contenção da estrutura, além de atrasos, supostamente em decorrência da pandemia.

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