O Clube dos Sargentos e Suboficiais da Aeronáutica, em Cascadura, Zona Norte do Rio, recebeu, nesta sexta-feira (15), a 11ª edição do Encontro Anual Umbanda Rio 2024, considerado uma das maiores reuniões de terreiros do Brasil. O evento contou com shows, feira com exposições de moda afro e artesanato, além de gastronomia de terreiro, entre outras atrações.
Esta edição recebeu mais de 3 mil pessoas, além de representantes de 14 estados, de diversos templos afro-brasileiros. Segundo o fundador e coordenador do Movimento Umbanda Rio, Alex d’Oxala, o evento é um dos momentos em que as pessoas ligadas à religião podem se ver.
“Nós temos uma rotina de trabalho muito intensa. Não conseguimos parar para nos ver. Essa data marca o encontro desses terreiros e comunidades que trabalham o ano inteiro pelos assistidos, das pessoas que precisam de um aconselhamento, uma palavra, de axé”, disse Alex ao jornal O DIA.
No Umbanda Rio 2024 se apresentaram mais de 10 atrações musicais, que interpretaram cantigas dos centros de umbanda, sambas e pagodes. Na feirinha “Macumbazar”, o público pode comprar itens de moda afro, artesanato e artigos religiosos.
Alex d’Oxala ressaltou que encontro é uma ótima oportunidade para apresentar a religião às pessoas que não a conhecem e, assim, descontruir algumas concepções equivocadas.
“Não é apenas uma intolerância religiosa. São casos de terrorismo religioso onde templos estão sendo vilipendiados, invadidos, médiuns estão sendo mortos em nome de uma ideologia que prega o ódio. As casas de santos vivem o ódio a partir de denominações que se apresentam como cristãs, onde a gente não vê nenhum dos valores de Cristo mencionados”, pontuou d’Oxala.
O Dia Nacional da Umbanda é comemorado em 15 de novembro, data em que o médium Zélio de Moraes incorporou o espírito indígena Caboclo das Sete Encruzilhada, em um centro espírita de São Gonçalo, em 1908. Na ocasião, o Caboclo se apresentou como o mensageiro de uma nova religião.
O encontro anual, por sua vez, é resultado de uma mobilização entre amigos na antiga rede social Orkut, encerrada em 2014.
“O primeiro aconteceu no Parque Madureira. O encontro [em 2013], que seria para 20, 30 pessoas, reuniu 500. Ele foi aumentando, sempre em locais públicos, inicialmente. Ele foi aumentando, e os pais de santos, que são idosos, começaram a vir também. Não tinha uma estrutura bacana para proteger do sol, da chuva, e então, começamos a optar por levar para clubes”, contou Alex ao veículo.
Infelizmente o ódio religioso, quando não expressamente manifesto, é velado, nas interpretação e aplicação dos textos.
Exemplo vemos em missões religiosas de evangelização e conversão pelo mundo.
As culturas dos povos originários das Américas, da África e também da Ásia foram eliminadas em muitos casos ou contaminadas, estando em permanente conflito. Um genocídio cultural.
Isso por religiões abraamicas em especial (cristã e islâmica) pelas chamadas cruzadas e jihads, respectivamente.