Carioca, cria da Ilha do Governador, o cantor Dilsinho – que ganhou destaque nos últimos anos como um dos principais nomes do pagode – agora está representando o estilo musical também em outros países. Neste sábado de Carnaval, ele se apresentou na festa Carnarildy e falou com o DIÁRIO DO RIO sobre a experiência dos recentes shows internacionais.
“Tem vários artistas que já fazem esse trabalho, eu não sou um pioneiro nem um descobridor de nada, mas eu fico feliz de levar a música que eu faço a lugares que as pessoas também estão me ouvindo. Portugal hoje é o segundo país que mais me ouve e eu comecei a entender que a música brasileira está crescendo muito lá, comecei a conhecer produtores, artistas e compositores, comecei a ir para lá e meu som está começando a acontecer lá, então é legal a gente ver que a música que eu estou fazendo e o segmento do pagode estão começando a ser mais ouvidos em lugares onde não eram tão escutados… e Luanda já é um lugar onde Alexandre Pires, Belo, vários artistas do pagode já estiveram lá, e a gente foi no dia dos namorados, que tem muito a ver com as músicas românticas que eu canto e foi incrível”, contou.
No entanto, Dilsinho nega que se trate de uma carreira internacional: “a minha ideia é só levar o que eu faço aqui no Brasil, eu não tenho pretensão de carreira internacional nem nada disso. Mas quando surge um convite, eu estou pronto“, finalizou.
Na última semana, Dilsinho esteve no continente africano para duas apresentações inéditas. No dia 11 de fevereiro, subiu ao palco da Tenda do CCB, em Luanda/Angola, para se apresentar pela primeira vez no país. Já no dia 14, fez show em Samba/Angola para celebrar o Valentine’s Day (Dia dos Namorados, que em alguns países é comemorado nesta data). Ele também passou uns dias em Portugal, preparando projetos que serão divulgados em breve.
O artista também está divulgando seu mais novo projeto, “Diferentão“, que segundo o próprio cantor traz um pouco mais da sua intimidade, incluindo uma homenagem que fez para a mulher, Beatriz Ferraz, e a filha, Bella, de 1 ano. Na próxima quinta-feira (23/02), ele lança o novo single do projeto, “De atual pra ex”, gravado em parceria com a dupla Diego & Victor Hugo.
O pagode tem suas origens no Rio de Janeiro entre o final da década de 1970 e início da década de 1980, a partir da tradição das rodas de samba feitas nos “fundos de quintal”. Segundo o “Almanaque Música Uol”, foi do bairro de Ramos, no subúrbio carioca, que esse tipo de música surgiu para as rádios, as gravadores e os canais de televisão, pois os sambistas anônimos e jogadores de futebol se reuniam nos finais de semana para comer, beber e cantar.