Do Copacabana Palace ao Riocentro, a história da Bienal do Livro do Rio de Janeiro

O evento aconteceu pela primeira em 1983, organizado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL)

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Bienal do Livro - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Neste ano de 2023, a Bienal Internacional do Rio de Janeiro comemora 40 anos no Rio de Janeiro. Um evento onda tantas histórias são contadas também tem a sua para narrar. Mas nada de ponto final.

Em 1983, uma feira de livros foi organizada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). O local escolhido foi o Hotel Copacabana Palace.

Logo depois, o evento, sempre realizado de dois em dois anos, passou a acontecer no Riocentro, vizinho do Rock in Rio de 1985.

O período histórico coberto por essas quatro décadas de realização da Bienal Internacional do Rio de Janeiro revela tempos de enorme transformação no Brasil: o fim do governo militar e redemocratização do país, os planos econômicos e as trocas de moeda, a ampliação da telefonia e a febre do celular, a modernização das formas de fazer e vender livros, a abertura de mercado para produtos importados, o surgimento do e-book, entre muitos outros marcos de definição do cotidiano. A Bienal foi espelho para tudo isso“, detalha a organização do evento.

Nesses 40 anos, muita coisa aconteceu na Bienal do Rio. A organização do evento destaca alguns como: “A vinda de José Saramago logo após a conquista do Prêmio Nobel, o encontro de Jorge Amado e Paulo Coelho, a palestra de Tom Wolfe, a festa no Copacabana Palace com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso, a tentativa de censura a um HQ e a reação da sociedade contra a homofobia, a mudança do perfil de público com a tomada da Bienal pelos jovens (quem disse mesmo que jovem não lê?), o discurso de abertura da ministra Carmem Lúcia a favor da democracia. Grandes e inesquecíveis momentos que transformaram a Bienal num marco literário para o Rio de Janeiro, num dos maiores eventos da cidade, um patrimônio cultural para o carioca. Uma caixa de ressonância do melhor do Brasil”.

Quatro décadas, 20 edições e muitas histórias. Mas como disse no início do texto, nada de ponto final para a Bienal. Em 2025 tem mais um capítulo para acontecer.

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