Dr. Jairinho (sem partido) é indiciado pelo crime de tortura contra a filha de uma ex-namorada. As agressões foram relatadas pela mãe e a avó da criança, ouvidos como testemunhas pelo delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), no inquérito que apura a morte do menino Henry. As informações foram noticiadas pelo jornal O Globo.
Com as acusações, foram abertos outros dois outros procedimentos investigativos. Na DCAV, a menina confirmou as violências e foi feito um pedido de prisão preventiva do parlamentar. A pena por esse crime pode chegar a oito anos.
A criança é filha de uma cabeleireira que conheceu Jairinho em 2010 e ficou noiva do vereador, com quem manteve um relacionamento até 2014. Atualmente, a menina tem 13 anos e contou ter tido a cabeça batida por Dr. Jairinho contra a parede do box de um banheiro. A menina também teria sido pisada por ele nos fundos de uma piscina para que não conseguisse levantar e respirar.
Segundo a avó da menina, Dr. Jairinho disse à época que o ferimento na criança teria sido provocado por uma batida no console do carro após uma freada brusca durante a ida a um shopping. A avó ainda ter estranhado o comportamento da neta quando ela lhe agarrou e, chorando e vomitando, pediu para que não a deixasse sair sozinha com Jairinho.
Em outra ocasião, a avó contou que a criança chegou com o braço imobilizado, mas Jairinho disse que ela teria sofrido uma lesão na aula de judô e o professor da academia negou ter recordações do episódio.
A menina só contou sobre as agressões oito meses depois, ao assistir a um programa de televisão sobre casos de violência doméstica.
O delegado afirma que Dr. Jairinho agia clandestina e sem testemunhas
“Essa criança confirmou as agressões do indiciado. Além das provas e dos depoimentos, outras provas testemunhais, todas as versões do Jairinho, feito no dia da prisão, foram derrubadas. Em determinado momento ele diz que não estava com a criança, mas as provas demonstram o contrário”, aponta o delgado.
Outra constatação do delegado é que Jairinho usava tanto de violência como de carinho simultaneamente.
“O perfil do Jairinho era violento e carinhoso ao mesmo tempo. Ele fazia as agressões na clandestinidade. Eram todas sortes de agressões: chutes, socos, torções, afogamentos”, concluiu o delegado Adriano França.
Amigos do Diário do Rio, o caso Henry Borel deixa muito claro que precisamo endurecer nossas leis para crimes hediondos. Não sou dono da verdade, nem a palmatória do mundo. Não apoio pena de morte, mas está na hora de discutirmo com seriedade e serenidade a prisão perpétua em nosso ‘problemático’ país.