O edital de privatização do aeroporto Santos Dumont pode ter algumas mudanças que não prejudicariam o desenvolvimento do Aeroporto do Galeão como um hub aéreo. A afirmação foi feita pelo senador Carlos Portinho (PL/RJ), após conversas com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. A informação foi divulgada pelo portal Diário do Porto.
Durante a cerimônia do leilão de concessão da rodovia Presidente Dutra, o ministro disse que a nova versão do edital do Santos Dumont irá contemplar as observações que vêm sendo feitas pelo senador Carlos Portinho, que adota discurso semelhante as posições do prefeito Eduardo Paes e do governador Cláudio Castro, que sempre que podem manifestam publicamente contrários a que o aeroporto central do Rio possa ter seu número de voos expandidos, como era a intenção o ministro.
“Nossas razões têm sensibilizado o ministro”, afirmou Portinho ao Diário do Porto,
O senador também explica que o Governo Federal irá considerar parte das contribuições apresentadas pelas autoridades e entidades empresariais do Rio. Portinho afirma que o novo edital para a privatização do Santos Dumont deverá levar em consideração sua operação em sintonia com o Galeão, só permitindo haver concorrência entre esses aeroportos quando for superada a marca de 30 milhões de passageiros por ano, somando-se o movimento dos dois. Até antes da pandemia, os dois movimentavam cerca de 22 milhões de passageiros, sendo quase 13 milhões no Galeão.
Aeroporto Santos Dumont deve ser leiloado em 2022
Portinho também evidencia alguns pontos que podem ser alterados no atual modelo de privatização do Santos Dumont, como a limitação das operações no Santos Dumont, que com o aumento de conexões nacionais no Galeão, é tida como condição básica para que o Aeroporto Internacional do Rio tenha mais voos para fora do Brasil. De acordo com estudos apresentados ao Ministério da Infraestrutura, são necessários pelo menos seis voos nacionais para a operação regular de um voo internacional em um mesmo aeroporto.
Outra questão abordada que o senador acredita que poderá ser incluída no novo edital é a mudança da regra que estabelece o Santos Dumont como uma atração em um pacote no qual também são privatizados três aeroportos do interior de Minas Gerais. No lugar dessas cidades mineiras, Portinho propõe que sejam incluídos aeroportos do interior fluminense, o que seria mais lógico e justo com o Estado do Rio.
O edital estará aberto para debate público até o próximo dia 8. A intenção de Tarcísio de Freitas é concluir o processo de privatização até o mês de março de 2022.
Além disso, de 22 milhões para 30 milhões, a diferença é pequena. Logo, se não for melhorado o acesso ao Galeão, o problema ressurgirá assim que a concorrência entre ambos começar, quando os 2 totalizarem 30 milhões de passageiros. Não podemos nos esquecer que o acesso e a segurança do acesso são os grandes diferenciais entre esses dois aeroportos.
Finalmente, o governo federal se deu conta do absurdo das regras para privatização do Santos Dumont. Mas, se o governo do estado e a prefeitura pretendem que o Galeão seja um hub internacional, têm de fazer algo para resolver o sério problema de acesso a ele. É indispensável melhorar a segurança das vias de acesso ao Galeão (Linha Amarela, Linha Vermelha e Av. Brasil); conectar, por meio de metrô, o Galeão ao metrô já existente (por exemplo, à estação do Estácio), pois, fazendo isso, facilitará o acesso de quem estiver no centro, zona Sul e Barra, já que a linha 1 vai até a Barra, passando pelos principais bairros da zona Sul. Assim, há futuro para o Galeão.
A operação deve ser de um sistema.
E o sistema GIG-SDU tem que funcionar de forma complementar. São meros terminais de TRANSPORTE PÚBLICO da cidade e do estado.