Parece que o clima entre o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o governador do estado, Cláudio Castro (PL), esquentou. Como bem resumiu a deputada estadual e candidata a vice-prefeita pelo PSOL, Renata Souza: “Fogo no parquinho“. A tensão começou após uma matéria publicada pelo jornalista Lauro Jardim, em O Globo, sobre a tentativa de Castro de enfraquecer a coligação de Paes.
Meses atrás, Paes havia solicitado a Castro que liberasse integrantes do Solidariedade e do Podemos, partidos que fazem parte do governo estadual, para apoiar sua campanha. O governador concordou na época, mas o jogo mudou. Com o candidato de Castro, Alexandre Ramagem (PL), focando sua campanha na Segurança Pública, Paes decidiu criticar Castro pela violência no Rio de Janeiro.
Isso não agradou o governador, que então procurou lideranças dos dois partidos e deu um ultimato: até amanhã (segunda-feira, 18/8(), ambos devem sair da coligação de Paes, ou enfrentarão consequências. Felipe Peixoto, secretário interino de Energia e Economia do Mar, filiado ao PSD, já será exonerado no próximo Diário Oficial. O Podemos já tinha perdido a secretaria do Trabalho, mas mantem algumas posições na máquina. O Solidariedade ocupa a secretaria de Cultura, com Danielle Barros, irmã do deputado Áureo Ribeiro, presidente regional da sigla.
De acordo com o jornalista Ricardo Bruno/Agenda do Poder, parlamentares infiéis ao Palácio Guanabara, Jorge Felipe Neto, Dionísio Lins e Val do Ceasa já foram advertidos sobre a possibilidade de perderem os espaços. Castro e Áureo já marcaram conversa para segundo a fim de, juntos, tomarem uma posição definitiva. Para correligionários, o deputado já disse que é muito difícil voltar atrás no compromisso com Paes, apesar do apreço, respeito e carinho que tem pelo governador.
Bruno, termina dizendo que as exonerações nas secretarias de aliados infiéis não vão se restringir aos “cabeças”. Será uma espécie de “strike” geral, com a derrubada de posições em toda a máquina.
No Twitter, Paes reagiu ao artigo de Lauro Jardim com uma alfinetada: “É isso mesmo: Cláudio Castro é Ramagem, o Witzel das eleições de 2024! Aliás, são eles os responsáveis pela segurança pública no Rio!“. Castro, por sua vez, não deixou barato e respondeu: “A máscara está caindo! Eduardo Paes é o maior estelionatário dessas eleições! Seu pensamento está só no Governo do Estado. O povo será o próximo a ser traído“.
A troca de acusações mostra que a disputa eleitoral para 2024 já começou a ferver nos bastidores e nas redes sociais.
Qual a relevância política do não-governador Cláudio Castro que comprou todo mundo com dinheiro da venda da Cedae e fez esquema via Cederj pra se eleger?
Sem esquecer a participação do ex-reitor da UERJ, do PT, que junto com o governador, foi responsável pelo escândalo das folhas secretas da UERJ. Na hora de surrupiar dinheiro público todos os partidos andam de mãos dadas, né?