Em época de Rio +20 todo mundo quer tirar uma casquinha, até o prefeito Eduardo Paes. Ontem na Cúpula dos Prefeitos, evento paralelo ao Rio +20, Paes criticou a Companhia Siderúrgica do Atlântico e disse que não daria autorização para ela caso fosse prefeito.
Isso é bem diferente do que o prefeito disse 2 anos atrás quando disse:
“A instalação da CSA no Rio de Janeiro é um acontecimento que vai impactar a cidade inteira. Como prefeito, agradeço pela decisão de se instalarem aqui, por acreditarem no Rio de Janeiro. Sem falar que a Zona Oeste precisa deste tipo de investimento, que vai mudar a cara de toda essa região”.
Não sei se os 5.500 funcionários da CSA e o tanto de emprego indireto que uma indústria desse porte geram concordam com a dupla personalidade de Eduardo Paes. E, concordo, é uma empresa com alto potencial de poluição e precisa e deve ser muito fiscalizada. Mas não dá para dizer não a um investimento como o que o Thyssenkrupp fez em nossa cidade, especialmente na Zona Oeste.
O que não é tolerável é ter um prefeito que segue para onde o vento está soprando. Isso é ideal para conseguir popularidade, péssimo para uma cidade que tem de pensar nos seu futuro.
