Bem que foi dito que a Lava Jato do Rio prometia fortes emoções em agosto e setembro, nesta quinta-feira, 08/08, foi dia do empresário Eike Batista ser preso novamente durante a nova fase da operação: a Segredo de Midas. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, a partir de um pedido do Ministério Público Federal (MPF). Ele cumpria prisão domiciliar desde abril de 2017, quando uma decisão de Gilmar Mendes o retirou de Bangu.
A ação de hoje foi a partir da delação premiada do banqueiro Eduardo Plass, na qual Eike parece como o elemento oculto em operações de compra de ações participações societárias realizadas por uma empresa de Plass. O banqueiro já foi presidente do Pactual e depois abriu o sua própria gestora, a Opus, e o TAG Bank, no Panamá. Ele foi preso em agosto do no ano passado depois delação de Roberto Stern, dono da H. Stern. Sua delação, entretanto, atinge mais empresários do que políticos.
Um mandado de prisão também foi expedido contra o contador de Eike Batista, Luiz Arthur Andrade Correia, o Zartha. Mas ele atualmente mora em Miami.
De acordo o jornalista Robson Bonin, essa é a 1ª de uma série de ações que vão mobilizar a Lava Jato do Rio até meados de setembro. E mais, o trabalho dos investigadores vai acelerar justamente no mês em que a Procuradoria-Geral da República se verá livre de Raquel Dodge, a procuradora que travou quase todos os trabalhos país afora e que, por impopular na categoria, vem sendo evitada por investigadores há meses.
Já o jornalista Lauro Jardim, O Globo, comentou que outra delação premiada está em estágio avançado. É a de Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor. Ou seja, vai faltar Rivotril nas farmácias cariocas.