Normalmente nesse mês, faltando pouco mais de um ano para as eleições, já há vários pré-candidatos a governador. Os partidos começam a jogar os nomes, e observar quem tem mais potencial de crescimento e alguns deles já começam a falar como candidato. Normalmente, porque no Rio até agora não há praticamente candidatos, com exceção de um nome, Indio da Costa (PSD).
E deve ser Indio, que foi candidato a prefeito, vice-presidente, é deputado federal e secretário de Urbanismo, o único político tradicional da lista. Seu nome já tem o apoio de seu partido e do PRB de Crivella.
Mas e os outros partidos? Hoje o PMDB está queimadíssimo, Eduardo Paes que até 2016 era praticamente pacífico que seria o próximo governador, pode nem ser candidato graças a lista da Odebrecht e outras delações que podem arrastar seu nome para a lama. No lado do clã Picciani, além das denúncias de corrupção, o patriarca, Jorge Picciani, está com um câncer agressivo. Ainda tem outros hoje deputados ou vereadores, mas o PMDB do Rio ainda carrega nas costas a corrupção de Sérgio Cabral (PMDB/Bangu) e o péssimo governo de Luiz Fernando Pezão. Não há um nome do partido hoje que seja possível enxergar alguém capaz de tirar o Rio do atoleiro que eles mesmo nos meteram.
O PSDB, bem, o PSDB do Rio tem três nomes Luiz Paulo, Otávio Leite e Carlos Osório, os 3 serão provavelmente candidatos a reeleição em seus respectivos cargos de deputado. O próprio partido tem tentado insistir em lançar Bernardinho, o técnico de vôlei, como pré-candidato a governador, mas para isso vai ter de tirá-lo do NOVO, que quer lança-lo senador.
E é nestes novos nomes como de Bernardinho que pode estar a opção da maioria dos partidos. O próprio presidente do PT do Rio, Washington Quaquá, com seu partido em cinzas depois da Lava Jato e o maior nome, Lindberg Farias, ao que parece nem tentará a reeleição ao Senado e virá deputado federal em 2018. Pois, Quaquá tem dito que a esquerda deve procurar um candidato na sociedade, um intelectual-artista.
Talvez só alguém totalmente fora da realidade da política para aceitar o campo minado que virou o Estado, que só deve voltar a arrecadar mais do que gasta em 2029, de acordo com o jornal Estado de São Paulo.
Seguindo o mesmo caminho de um nome fora política, Cesar Maia (DEM) tem dito que o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, se convencido poderia ser um potencial nome para candidato a governador. Afinal, juntaria um nome conhecido por sua ética mais o fato de ser um respeitado economista,
Outro nome, que é sempre ventilado em campanhas é o do economista Sérgio Besserman, mais conhecido por alguns por ser irmão do falecido Bussunda. Muito respeitado em sua área, especialista em Sustentabilidade, ambientalista e uma vida dedicada ao serviço público. Nunca aceitou ser candidato, mas em uma situação como a atual, pode rever seus conceitos.
Com o mesmo perfil tem a atual presidente do BNDES, Maria Silva Bastos Marques, que foi a primeira mulher a ocupar a CSN, e já foi incluída na Times como uma das doze executivas mais poderosas do mundo. Ex-presidente do Icatu Hartford, ela foi secretária da Fazenda do município do Rio durante a primeira gestão de Cesar Maia, onde ficou conhecida como “a mulher de 1 bilhão de dólares”, montante que conseguiu amealhar para os cofres da cidade em seus últimos meses no cargo. Na época o nome dela era ventilado como candidata a prefeita pelo PFL, vaga que acabou sendo de Luiz Paulo Conde.
Não exatamente novato, o senador e ex-jogador Romário (PSB) também pode decidir ser candidato a governador, ele tem mais 5 anos como Senador e não perderia o mandato em caso de candidatura. O mesmo caso acontecer com o vereador Tarcisio Mota (PSol) hoje vereador, foi candidato em 2014 e deve ser o candidato do partido novamente em 2018.
Ainda há muita água para rolar até os partidos começarem a divulgar seus candidatos, mas não resta dúvidas que a “cédula eleitoral” será cheia de candidatos novatos.