Em Copacabana, mendigo dá soco em rosto de idosa, que cai desacordada no chão

Estupros, agressões físicas com lesões graves e cerceamento do direito de andar livremente são alguns dos problemas enfrentados pelos moradores do bairro, especialmente idosos, mulheres e crianças

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Mendigo se prepara para bater em idosa / Reprodução: Alerta.Rio

Não dá mais para andar pelas ruas de Copacabana sem esperar o pior, dizem os moradores do bairro. A falta de ordem pública e de segurança tem imposto uma rotina de medo e terror aos moradores do bairro turístico, especialmente às mulheres, crianças e idosos. O terror, na maioria das vezes vem pelas mãos da crescente população de rua e de drogados, que se espalhou pela região. Pelas calçadas é possível ver grupos e mais grupos de mendigos, muitos deles drogados e com diversas anotações criminais; e isso ocorre em tempo de “descriminalização” das drogas pelas autoridades.

Na tarde desta quarta-feira (26), o bairro deu mais passo rumo ao fundo do poço. Uma idosa que caminhava despreocupadamente por uma calçada foi covardemente agredida por um mendigo que passou ao seu lado. No vídeo publicado pelo perfil Alerta.Rio é possível ver quando o bandido dá – do nada! – um murro – na verdade um cruzado de direita – no rosto da mulher, que cai desacordada no chão. O criminoso fugiu, mas foi preso depois e encaminhado para a 12ª DP (Copacabana). A vítima do covarde e brutal ataque foi levada para a UPA do bairro onde foi atendida e liberada após avaliação clínica, segundo informações do Alerta.Rio.

No dia 25 de maio, câmeras de segurança da Rua Gustavo Sampaio, no Leme, flagraram um mendigo da região agredido outra idosa. Nas imagens que circularam na internet é possível ver quando o agressor se aproxima da mulher segurando um pacote de balas. Depois de dizer ou pedir alguma coisa, que parece lhe ser negada, ele empurra a mulher pelo braço. Ela cai entre cadeiras e galões de um estabelecimento. A mulher foi socorrida e sofreu apenas ferimentos leves. Segundo o G1, o criminoso foi preso por policiais militares do 19º BPM (Copacabana), na Praça do Lido. O agressor foi autuado por lesão corporal e liberado, para responder pelo crime em liberdade.

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Em novembro do ano passado, o DIÁRIO DO RIO noticiou que uma jovem, de 19 anos, foi estuprada por um mendigo, na madrugada do dia 14, na calçada em frente ao 17° Grupamento de Bombeiros Militar. A mulher foi socorrida por um homem que passava pelo local e percebeu a ocorrência do crime. O estuprador foi preso por agentes da Polícia Civil, após ser reconhecido em imagens capturadas por câmeras de segurança locais, e com a ajuda da startup de câmeras Gabriel. O criminoso, que vivia nas imediações da Praça Eugênio Jardim, era um velho conhecido dos moradores locais.

“A permissividade do judiciário está acabando com Copacabana. Estas pessoas podem ser perigosas e deveriam ter recolhimento compulsório. Consomem drogas a todo momento e representam perigo para nós e para elas mesmas”, disse ao veículo, na ocasião, o síndico de um prédio próximo, citando as investidas semanais das forças de segurança, capturando dezenas de objetos cortantes de posse da população de rua.

Em abril de 2023, outro caso também chocou os moradores de Copacabana. Na manhã do dia 7, uma menina, de 12 anos, foi atacada por um mendigo a caminho da escola, em plena Rua Tonelero, região que sofre com ataques de drogados e moradores de rua a pedestres. O criminoso, Juliano de Jesus Batista, de 36 anos, que tinha passagem pela polícia, agarrou a adolescente pelo braço para realizar o ataque. Apesar de se esquivar, a garota teve o seu pescoço beijado pelo criminoso, que disse após ser preso que sentia vontade de “chupar as partes íntimas” das adolescentes que transitavam na rua. O bandido também disse à Polícia que tinha vontade de esfaquear idosas e que andava nas ruas “procurando problemas”.

Os devotos, em sua maioria idosos, do Recanto de Nossa Senhora das Graças, localizado acima do Túnel Sá Freire Alvim, na Rua Barata Ribeiro, também têm sofrido comido o pão que o diabo amassou por causa das ações de moradores de rua e consumidores de drogas que ocupam o local. Há anos, os fiéis evitam subir ao santuário, que está completamente depredado e sujo. O santuário, segundo relatos, serve como dormitório e banheiro de mendigos que se escondem no lugar, escudados por um prédio que guarda o gerador do tatuzão, usado na construção da estação do metrô no bairro. A edificação, que deveria ter sido demolida, continua de pé gerando transtornos e servindo de proteção para delinquentes.

A alta incidência de crimes cometidos pela população de rua no bairro tem servido como um passe livre para que outros delinquentes ajam como se houve lei a respeitar. Em dezembro do ano passado, o empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, também foi agredido ao tentar defender uma mulher contra o ataque de um grupo de arruaceiros. Benchimol levou um soco no rosto, caindo desacordado no chão. O autor do ataque, que roubou o celular da vítima, cometia crimes desde a adolescência, tendo nove passagens pela Polícia por roubo, furto e tráfico de drogas. Segundo a Polícia Civil, o agressor teria sido preso duas vezes em sua maioridade. Após investigações, o criminoso foi detido pela agressão a Marcelo Benchimol.

Graças a ação do Altíssimo, Benchimol, apesar de machucado saiu vivo da agressão.  A mesma sorte não teve Alair Barbosa, de 72 anos, que caiu no chão e bateu com a cabeça depois de ser empurrada durante um assalto na Avenida Atlântica, na tarde de 17 de abril do ano passado. Alair teve o seu cordão arrancado por um menor de 17 anos quando passeava com amigas entre as ruas Hilário de Gouveia e Siqueira Campos, próximo a um posto de salvamento. A mulher, que também sofreu outras agressões, faleceu em decorrência dos ferimentos. O agressor foi perseguido, agredido e detido por banhista.

De acordo com o G1, o delinquente, que tinha seis anotações criminais por infrações análogas aos crimes de furto e roubo, foi apreendido encaminhado para a 12ª DP (Copacabana). Como não foi reconhecido por testemunhas foi ouvido pela polícia e depois liberado. O cordão não foi recuperado.

Na belíssima “Princesinha do Mar” andar pelas ruas se tornou um verdadeiro safari, do qual não sabemos se sairemos ilesos ou vivos.

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Com informações do G1.

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5 COMENTÁRIOS

  1. Muito provavelmente o agressor mostrado no vídeo tem transtornos mentais. Generalizar toda a população de rua como violenta e perigosa não é verdade. São carentes, pedintes e muitos, dependentes químicos, inclusive de álcool. Cabe ao Poder Público acolhê-los, tratá-los e recuperá-los. Não é apenas uma questão de segurança, mas também de saúde e bem estar social. Boa pauta para o debate eleitoral.

    • É muito complicado porque eles não são obrigados a irem pra abrigos e não vão. As leis nunca são modificadas.Tudo muito difícil. Tenho muito medo de andar na rua só só

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