Empresários se unem para implementar sistema ‘Gabriel’ e monitorar Rua São José, no Centro do Rio

São 16 câmeras interligadas ao Centro de Comando da Polícia Militar e à Prefeitura. Além disso, há câmeras especializadas na contagem de pedestres. A via é a segunda área do Centro a ser contemplada com o sistema

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Rua São José é monitorada por novo sistema de câmeras

Quem transita pela Rua São José, no Centro do Rio, agora está sob constante vigilância de uma startup inovadora de tecnologia de segurança. Conhecido como “Gabriel”, o projeto patrocinado pela Aliança Centro, uma associação de proprietários e gestores de imóveis da Região Central, marca um grande passo na modernização da segurança urbana do Rio. A iniciativa não apenas reforça a proteção dos pedestres e comerciantes, mas também contribui para o planejamento urbano e o desenvolvimento econômico do local.

A Rua São José é a segunda área do Centro a ser contemplada com á startup, após a bem-sucedida implementação na Travessa do Comércio, no Arco do Teles. A tecnologia consiste em 16 câmeras de segurança estrategicamente posicionadas, todas interligadas ao Centro de Comando da Polícia Militar e à Prefeitura. Além disso, há outras duas câmeras especializadas na contagem de pedestres que transitam diariamente pela via.

Sistema Gabriel

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A tecnologia avançada adotada pela startup de segurança responsável pela Gabriel transmite as inagens em tempo real, e cada cliente tem acesso a um histórico de imagens de 14 dias. A abordagem elimina as limitações frequentemente encontradas em sistemas antigos, como interrupções no serviço e qualidade de imagem reduzida, proporcionando imagens nítidas e de alta resolução que são fundamentais para investigações policiais.

Segundo dados da empresa carioca, as câmeras Gabriel já contribuíram significativamente para aproximadamente 5 mil investigações policiais, resultando na prisão de mais de 340 criminosos. Além disso, a tecnologia também foi crucial para inocentar oito pessoas falsamente acusadas de crimes.

Matemática da Segurança

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Foto: Daniel Martins/DIÁRIO DO RIO

A associação destaca que há outro sistema que além de fortalecer a segurança pública, também oferece suporte ao desenvolvimento comercial local. Uma contagem detalhada de pedestres está disponível na região e revelou que a Rua São José registrou a presença de 230 mil pessoas somente no primeiro mês de operação. Foi observado um pico de movimento entre 12h e 13h (almoço), com uma maioria de 61% de público feminino e 39% masculino, predominantemente entre as faixas etárias de 19 a 60 anos. A volta pra casa também chamou atenção com fluxo de pedestres intensa, já que a via leva para a estação das barcas na Praça XV. Entre 17h e 20h, passaram 22% dos 11.400 pedestres registrados em média na rua.

As estatísticas também indicam que as ocorrências relacionadas à ordem pública representam 75% dos incidentes registrados, seguidas por infrações de trânsito, como veículos estacionados irregularmente, com uma taxa de 68%.

Boulevard São José

O sucesso do projeto na Rua São José não se restringe apenas à segurança e à análise de fluxo de pessoas. A associação planeja transformar o Boulevard São José, que agrega também um trecho da Rua do Carmo, em um espaço mais agradável e convidativo, com a instalação de jardineiras, bancos, melhorias na iluminação pública e na limpeza das calçadas. Além disso, estão programadas atividades culturais como shows gratuitos, dança e teatro, a partir de agosto deste ano. Em breve, a via também vai ser endereço do famoso bar “Os Ximenes”, que já entrou me fase de obras e vai ocupar o antigo imóvel do Bar Jirau, fechado durante a pandemia.

O projeto faz parte de um plano mais amplo da Aliança Centro, que visa expandir a área de monitoramento para abranger 121 ruas e 37 km² de cobertura até dezembro. Com mais de 70 prédios associados e 4.300 unidades residenciais participantes, incluindo nomes como Cury, Sergio Castro Imóveis, Opportunity, Igreja São José, Bradesco Empreendimentos e o Terminal Menezes Cortes, a associação comprova o aumento de 15% no valor das propriedades comerciais incluídas dentro de AREs (Áreas de Revitalização Econômica).

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12 COMENTÁRIOS

  1. “A segurança sempre tem quer ser feita pelo estado” RISOS E vem funcionando maravilhosamente bem! Parece que estamos na Suécia, de tão boa que é nosaa segurança provida pelo amado Estado. Estatistas tem quer ser estudados.

  2. Me preocupa como vem crescendo essa empresa de monitoramento. Acho arriscado entregar a vigilância de tantos espaços públicos a uma empresa privada como a Gabriel.
    Acredito que essa vigilância pode, de fato, representar riscos potenciais para a privacidade e a segurança das pessoas. As câmeras podem ser usadas para monitorar horários e rotinas, e, se essas informações forem mal utilizadas, poderiam facilitar crimes como sequestros, assaltos, homicídios, estupros e assédios.
    Quem monitora a Gabriel?

        • Vou tentar ser mais didático:
          Imagine que Joca, um operador de câmeras da empresa Gabriel, é mal remunerado e enfrenta dificuldades financeiras. Todos os dias, ele monitora as câmeras instaladas nas fachadas dos prédios, que filmam as ruas e registram os movimentos das pessoas.

          Um dia, um bandido chamado Caju se aproxima de Joca. Caju oferece uma grande quantia de dinheiro para que João forneça informações sobre a rotina de Mana, uma mulher que passa todos os dias em frente às câmeras. Joca, precisando de dinheiro, aceita a oferta.

          Joca começa a observar Mana com mais atenção. Ele percebe que Mana sai de casa todos os dias às 7 horas da manhã para ir ao trabalho e volta às 6 horas da tarde. Joca anota esses horários e informa Caju.

          Caju, agora com essas informações, planeja um sequestro. Ele sabe exatamente a que horas Mana estará na rua, sem ninguém para protegê-la. Com isso, Caju consegue capturar Mana, sem maiores dificuldades.

          Será que consegui ser mais didático?
          Não sou contra ao monitoramento dos espaços públicos, só acho que isso deveria ser feito pela policia.

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