Como o DIÁRIO DO RIO publicou, a leve chuva desta quarta-feira (04/05) causou um grande alagamento no conjunto arquitetônico do Arco do Teles, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) – e em muitas outras regiões do Centro. Os proprietários de imóveis na região histórica conseguiram junto à Secretaria Municipal de Conservação, uma grande acão de limpeza das galerias na região. Porém, segundo a secretária Anna Laura Secco, apesar de ter sido realizada uma grande operação, o principal problema é de responsabilidade da Águas do Rio, nova responsável pela distribuição de água na cidade. Sem a solução dele, as enchentes devem continuar.
A operação que foi levada a termo pela secretaria foi acompanhada de perto pela Aliança Centro Rio, organização que congrega os maiores proprietários de imóveis da região central. Durante a ação (fotos abaixo), foi verificado que a causa principal das enchentes que tem ocorrido ali é a quantidade de ligações irregulares de esgoto na rede de águas pluviais, o que não poderia ocorrer e tem consequências graves. A prefeitura informa que oficiou a Águas do Rio para que tomem ação imediata, antes que mais danos sejam causados ao patrimônio histórico na região. A rua em que desemboca o Arco do Teles se chama Travessa do Comércio, e quase todo seu conjunto arquitetônico remonta aos séculos XVIII e XIX. “Não adianta a prefeitura vir aqui e fazer o trabalho dela se a Águas do Rio abandona o Centro Histórico“, protestou Adriano Nascimento, administrador de 3 prédios na bucólica travessinha.
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O Arco do Teles não sofre deste problema sozinho. Outras ruas do Centro enfrentam exatamente a mesma situação desoladora. As consequências aparecem nos dias de chuva, com as ruas sendo alagadas e os cariocas enfrentando transtornos para retornarem a suas casas após o trabalho. No caso da travessinha, a água subiu cerca de 40 centímetros, não tendo como escoar. Nas últimas três semanas, ocorreu 2 vezes, segundo moradores. Para piorar, houve retorno de esgoto para os casarões, que jorraram chorume e detritos pelas privadas e ralos, causando graves transtornos e prejuízos a todos os prédios.
As imagens abaixo, de hoje, mostram a situação dramática dos bueiros da Águas do Rio, com o esgoto a ponto de transbordar, mesmo vários dias após a chuva ocorrida, que sequer teria sido forte. Nos dias de chuva, o que é visto no Arco do Teles é um mar de fezes e uma imundície que não consegue ser devidamente drenada. “É impossível sair dos imóveis nos dias de chuva, sem galochas daquelas que vão até o joelho“, reclamou Paula Bonaro, que trabalha como servente num prédio vizinho. “Existe risco de contaminar com esgoto as cisternas dos prédios, que ficam quase no mesmo nível da rua, quando enche“, preocupa-se a empreiteira Kátia Peres, que está fazendo obras em um casarão.
Procurada pelo DIÁRIO DO RIO, a concessionária Águas do Rio informou que enviou equipe ao local para “verificação“. Os proprietários de imóveis na rua afirmam que já fizeram diversos protocolos, que teriam sido ignorados pela CEDAE no decorrer de anos, e depois pela própria nova concessionária. Estão preocupados com as respostas evasivas e com o que consideram “falta de comprometimento” da empresa.
A secretaria municipal de Conservação reafirmou que esteve no Arco do Teles executando a limpeza manual e mecânica do sistema de drenagem, fazendo tudo que era de sua alçada, e enviou as fotos da ação publicadas no início da reportagem.
É um problema de séculos, literalmente. Os proprietários fazem ligações irregulares, o setor de fiscalização de obras do município não fiscaliza, assim como a Cedae e o Corpo de Bombeiros (que precisa emitir o habite-se) e todos não tomaram as medidas para punir as irregularidades dos proprietários. Os moradores sofrem de um problema que se iniciou na construção irregular das ligações. Todos são culpados, em partes iguais. Agora, há leis, normas e regras, que exigem que a rede coletora esteja disponível e que o proprietário faça a ligação de seu imóvel a essa rede. A solução também não tem um só responsável.
inacreditavel, é simplesmente uma escavadeira fazer um buraco e a aguas do rio colocar uma tubulação e conectar os imoveis, depois é só fazer a conexão com a rede de esgoto da região. Custaria apenas o aluguel de uma escavadeira pequena, a compra da tubulação e a mão de obra, com meia duzias de peões.
Este problema vem de muito tempo atras e o atual prefeito nada faz para melhorar,
A ligação irregular de esgoto nas águas pluviais seriam culpa de quem?
Subprefeitura?prefeitura? vereadores?
Que triste no centro da cidade tá cheinha, imagina nós moradores da zona norte,baixada,zona oeste tudo abandonado.
Parece até piada.
Enquanto não aparecer um juiz que mandar prender o prefeito e o governador por esses crimes ambientais nada vai resolver, são décadas de descaso, eles criam diversos órgãos públicos concorrentes com milhares de funcionários e cargos comissionados INÚTEIS, que não servem pra nada, é um jogo de empurra, ninguém vai lá fiscalizar, ninguém pune, ninguém resolve, é um crime ambientai e de saúde pública, as autoridades deviam ir pra prisão, quando o prefeito e o governador forem responsabilizados e presos, aí a coisa desanda.
Que tal incluir na sua lista de prisão os responsáveis pelas ligações irregulares, os donos dis imóveis?
Isto é no Rio todo, ou vcs acham que a lingua negra em Copacabana é o que? A Cedae deixou esta herança maldita. E as 2 concessionárias fingem que não é com elas….tomem vergonha na cara! E os governantes fazem cara de paisagem….