Papo de Talarico: Entenda a filosofia e a poesia de Erasmo Carlos

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Foto: Guto Costa

Sou uma criança, não entendo nada, sentado à beira do caminho. Quem nunca se sentiu assim? Em verdade, é dessa forma que ainda me sinto, mas quantas vezes pareci entender um pouco mais que nada, ouvindo as canções de Erasmo Carlos? Muitas vezes. “O meu amigo, Erasmo Carlos”, dizia Roberto Carlos, em seus especiais de televisão. Essa frase ficava em minha mente e eu imitava, na minha infância. Parecia que ele era meu amigo também, esse tijucano vascaíno.

Assisti vários de seus filmes no Canal Brasil. Afinal, sou apenas mais um na multidão e é preciso dar um jeito, meu amigo. Estou envergonhado com as coisas que eu vi, mas não vou ficar calado no conforto acomodado como tantos por aí. De noite na cama, fiquei pensando sobre isso.

Ah, já cantei “Gatinha Manhosa” tanto para ex-namoradas, quanto para as felinas que passaram pela minha jornada. Gaia, Vênus, Lua, Miranda. Atualmente, Yang é a gata que me acompanha, com suas três cores. E é manhosa, claro. Sou um romântico. E gateiro. Filosofia e poesia estavam unidas nas canções de Erasmo Carlos e também uma irreverência, tipicamente carioca. Ontem o menino que brincava me falou.

O compositor tinha um romantismo, um ar de deboche, uma ironia. Ele fez parte do início do rock no Brasil e talvez seja um de seus maiores ícones, pois enquanto Roberto Carlos seguiu outro caminho, o Tremendão manteve uma certa fama de mau com seu estilo rebelde e rockeiro. O gigante gentil, assim era chamado.

Minha sombra me acompanha. Estou morrendo lentamente a cada dia. Todos estamos. Ainda bem que tenho as músicas de Erasmo Carlos para saber viver com intensidade. Se o bem ou mal existem, podemos escolher. Além do horizonte, do fundo do meu coração, espero que Erasmo seja recebido em outro plano com a festa de arromba que merece, embaixo de um coqueiro verde.

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