A partir desta quarta-feira, (14/09), a Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) suspende as aulas no prédio da reitoria por causa de problemas com contratos de limpeza e manutenção dos elevadores. Segundo informações, do G1, a Instituição comunicou sobre a interrupção através de e-mails.
De acordo com alunos, os elevadores do prédio não funcionam há uma semana e no dia 6 de setembro, um dos elevadores do prédio ficou parado por cerca de 1h30 com dez estudantes dentro. Os frequentadores do prédio da reitoria ainda falaram, ao G1, que a unidade vem sofrendo com lixo espalhado e problemas de iluminação.
Clara Cividanes, aluna da UFRJ, relatou, ao G1, que a Instituição precisa urgentemente de uma verba emergencial para poder solucionar os problemas do prédio da reitoria. “Tem lixo espalhado pelos corredores porque a faculdade não tem dinheiro para manter a limpeza regular, problema de luz em muitas salas, sem luz, sem eletricidade. Nós não temos descarga no banheiro, não temos água para beber e lavar a mão. Os elevadores pararam de funcionar e nós temos alunos deficientes e gestantes que não tem condição de subir e descer escada”, conclui a aluna.
14,5%
A UFRJ tem sofrido com sucessivos cortes no orçamento e já tinha alertado que poderia interromper aulas por causa da falta de dinheiro. Em julho, a reitora da Universidade, Denise Pires, afirmou em coletiva de imprensa que a faculdade não teria como manter alguns serviços, como de água e luz, além de suspender a limpeza e segurança de prédios a partir de setembro.
Também em julho, a Universidade sofreu um bloqueio de 14,5% da verba de custeio e investimento. O bloqueio foi autorizado pelo Ministério da Educação no dia 27 de maio, 2022. O governo disse que o contingenciamento foi necessário para cumprir o teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas públicas.
Denise, na época, lamentou os cortes e explicou que os bloqueios de verbas podem afetar o futuro de muitas gerações. “Os cortes são muito graves. O que foi feito coloca em risco o futuro das próximas gerações. Essas ações vão ter impacto para nossos filhos e netos”, disse a reitora.