No mês em que se comemora o Dia do Professor, a Escola Municipal Professor Paulo Freire, situada na Vila do Pinheiro, no Complexo da Maré, recebe o projeto Cores da Juventude, uma iniciativa sociocultural que foi idealizada para enfrentar a evasão escolar e a falta de interesse dos estudantes pelo ensino formal. Com o apoio da Lamsa, a iniciativa será realizada por seis meses e vai atender 50 alunos da unidade de ensino, ao longo de dois meses. Depois, a ação vai circular por outros espaços parceiros da região, beneficiando, diretamente, 150 participantes.
Durante as aulas, os alunos vão aprender técnicas básicas de pintura em grafite, por meio de pequenas telas e até em murais, resgatando a história e a memória do território, e deixando um legado cultural nos espaços parceiros pela arte.
Além das atividades práticas, os estudantes vão passar por oficinas de educação antirracista e rodas de conversas para entenderem sobre a origem do grafite, da arte urbana e as suas origens. As aulas serão conduzidas pela artista Daniele Ramalho, amplamente conhecida como Dara, e que assina diversas obras como murais em espaços urbanos.
“Ao visitar o Museu de Belas Artes, em 2022, no Chile, eu avistei grandes murais de grafite e lembrei da minha infância na Maré e dali pensei como seria uma favela colorida com painéis de grafite. Assim, nasceu o Cores da Juventude, com a proposta de incentivar o sentimento de pertencimento social e a educação formal, entre adolescentes e jovens, através da cultura”, explica Alexandre Quirino, coordenador do projeto.
Cores da Juventude é realizado pelo Instituto Esac em parceria com o Instituto Maré e com a Associação de Moradores do Parque Ecológico da Maré e conta com o patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e da Lamsa, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.