A respeitada pneumologista da Fiocruz, Margareth Dalcomo, disse em uma entrevista à rádio Band News que apesar do esperado aumento do número de casos de Covid-19 nos últimos dias, a pandemia pode estar sendo controlada e chegando ao fim. De acordo com a médica, uma característica típica das viroses respiratórias é elas se tornarem cada vez menos letais – como tem sido com a Ômicron pelo mundo – pois apesar da taxa de transmissão ser alta, os casos são mais leves. Segundo dados da Prefeitura do Rio, 98% dos casos de Covid na cidade hoje, são da variante ômicron.
“É possível essa hipótese que a pandemia possa estar começando a arrefecer a sua força, pelo aparecimento de uma variante muito transmissível, porém menos mórbida, no sentido da morbidade que ela possa causar”, explicou Margareth. Segundo especialistas, um vírus mais forte quando começa a ganhar variantes mais fracas e que contaminam com mais facilidade, acaba servindo como uma espécie de ‘vacina’ que não tem nem de perto as mesmas consequências da cepa original.
Em sua explicação, a especialista esclarece que o vírus não irá desaparecer. Provavelmente, ele irá manter um comportamento endêmico daqui para frente – ou seja, se tornará uma doença freqüente e mais comum, como a própria gripe. Poderá, inclusive, ocasionar casos graves, eventualmente, como ocorre com a gripe, que nunca deixou de fazer vítimas, ainda que raramente. Mas do ponto de vista pandêmico, o vírus deverá perder a sua força.
A médica também explica que essa perspectiva não pode ser tratada como certa e sim como uma possibilidade. Nada impede que variantes mais graves e letais apareçam, mas não é o que os cientistas esperam, hoje. E são diversos especialistas que têm afirmado a mesma coisa, em todo o mundo.
O conceituado virologista português Pedro Simas corroborou recentemente a tese da pneumologista brasileira, e disse à CNN que a Ômicron “é o fim da pandemia” e disse mais, que “o melhor é deixar o vírus disseminar-se“. Simas acredita que o domínio da ômicron derrotará totalmente a variante delta – de efeitos mais graves e taxa de contaminação menor – e representa o início da endemia e o fim da pandemia. “São boas notícias“, notou, defendendo que não há motivo para restrições além do uso da máscara. Simas disse ainda que a contaminação pela ômicron “vai conferir uma imunidade muito boa às pessoas, a par da que já têm com a vacinação“, defendeu o especialista na entrevista à CNN.
“Este é o início inequívoco da endemia. Só se entra em endemia verdadeira quando, num país, a maior parte das pessoas já teve infeções e o vírus circula livremente. Isto é normal“, explicou, defendendo, assim, sua tese de que é melhor deixar a ômicron se espalhar, pois ela seria algo como uma vacina ou um reforço da vacinação.
O virologista da Universidade Católica Portuguesa e do Instituto Molecular de Lisboa, lamentou ainda o que chamou de “foco exagerado” que a imprensa tem dado ao alto número de infecções pela ômicron, realçando que as atenções de todos devem estar centradas na taxa de mortalidade e nas internações. Simas vai além e considera “alarmista” a onda de testagens repetidas que vem se espalhando pelo mundo; reitera que a maioria das medidas restritivas “não são eficientes a impedir a disseminação do vírus” e que sua propagação seria “benéfica” em locais com boa cobertura vacinal, pois para ele a própria doença – neste caso representada pela nova cepa com baixa letalidade – conferiria “uma imunidade natural muito mais completa” do que a que resultaria da vacinação.
Outros especialistas internacionais também têm levantado e defendido essa hipótese: com uma nova variante que é “um pouco mais transmissível [que as antecessoras] mas menos agressiva, talvez assistamos ao início de uma evolução para um vírus mais banal, como outros que conhecemos”, disse na TV Francesa o professor-doutor em imunologia Alain Fischer, conhecido como o “Senhor Vacina” do Governo francês.
Ele é outro a afirmar que um vírus que seja mais contagioso, mas ao mesmo tempo menos perigoso, ajudaria a permitir que a população adquirisse uma imunidade natural que, conjugada com a chamada imunidade vacinal, representaria a entrada do mundo numa fase menos grave da pandemia. “A prazo, há esperança [e] o SARS-CoV-2 juntar-se-á aos outros coronavírus sazonais humanos que que nos dão constipações e amigdalites todos os invernos”, sustentou este fim de semana o epidemiologista francês Arnaud Fontanet, pesquisador da Universidade de Harvard e da Universidade de Paris Descartes.
“Ainda não chegamos lá. Podemos esperar que surjam novas variantes mas, com a nossa imunidade a fortalecer-se com o tempo, seja por infeção natural, seja com doses de reforço da vacina, a sua capacidade para causar formas graves da doença vai diminuir”, vislumbra o especialista em epidemiologia de doenças infecciosas.
O diretor do Ministério da Saúde de Israel, Nachman Ash disse à Agência Reuters que “o surto de ômicron pode levar Israel à imunidade de rebanho“. Ash entende que elevação no número de casos é normal e esperada, e prevê que seu país tenha o número de infecções multiplicado nas próximas três semanas por conta da nova cepa.
Mesmo com um vírus mais benigno – esta é quase uma unanimidade – as consequências ainda poderiam ser relevantes por poder o aumento no número de casos, automaticamente, desencadear um incremento do número de doentes hospitalizados.
“Ainda tenho esperança de que o vírus acabe por se assemelhar mais aos outros coronavírus da gripe – talvez no próximo ano ou nos próximos dois – repetindo as vacinas e mantendo o uso da máscara e o distanciamento social para os mais vulneráveis, como fazemos para a gripe todos os anos”, declarou recentemente o virologista Julian Tang, professor da Universidade de Leicester na Inglaterra.
“Se queremos começar a aprender as lições do passado recente desta pandemia, recordemo-nos de que ela é amplamente imprevisível”, diz, mais cauteloso, o epidemiologista francês Antoine Flahault, citado pela agência noticiosa francesa AFP. Para ele, o conceito de imunidade coletiva é “puramente teórico”: “Parece que a imunidade vacinal protege eficazmente contra as formas graves da doença, mas também não protege todos os vacinados”.
Mas, para o profissional, “a imunidade adquirida naturalmente, por antecedentes de infeção pelo coronavírus, parece também conferir uma forma de proteção, em particular contra as formas graves [da doença], mas nada disso é totalmente claro”, acrescentou o epidemiologista.
Exatamente, Dasser.
O terraplanista aqui é o Léo Mendes.
Toda essa teoria se aplica a um território totalmente VACINADO! Não é como no Brasil onde há terra-planistas defendendo ideias da idade média.
Vacinação é um ato coletivo: quem se vacina se torna escudo para o outro e quanto mais gente vacinada, menos espaço o vírus encontra pra se disseminar e sofrer mutações.
Isto seria bom, se não fosse falso, as vacinas de COVID não imunizam, quer dizer que AS PESSOAS CONTINUAM PEGANDO E TRANSMITINDO A DOENÇA MESMO VACINADAS. Elas são eficazes para reduzir a gravidade (internação e morte) somente, o que já foi suficiente para conter a onda de mortes e internações que vinha assolando o país de forma geral.
Exatamente, Dasser.
O terraplanista aqui é o Léo Mendes.
O alto número de transmissão ainda que os infectados muito muito menor a ocorrência de óbito e de hospitalização, por sintomas graves, ainda requer medidas simples como uso de máscaras, especialmente, a fim de que se evite, ao máximo, o aumento exponencial que gere necessidade de atendimento ambulatorial, sobrecarregando os sistemas de saúde público, principalmente, mas também privado, e gerando, ainda, número elevado de afastamentos médicos de empregados e, em consequência, afetação da economia.
Pra quem leu e não entendeu: Só é segura a imunidade de rebanho agora porque estamos VACINADOS e graças a isso o vírus é menos letal, nem causa casos graves/internações. Antes da VACINAÇÃO em massa era GENOCIDIO sim tentar a imunidade de rebanho.
Isso, Giovane R! Foi relevante sua colocação para os que leram e não entenderam.
Exatamente. Toda essa teoria se aplica a um território totalmente VACINADO! Não é como no Brasil onde há terra-planistas defendendo ideias da idade média. contra vacina, contra a ciência e contra a lógica . . .
Interessante. Brasileiros foram presos, cercados no seu direito de ir e vir, apedrejados em debates sobre o tema, por defenderem a imunidade natural. Sofreram uma ditadura do passaporte vacinal. Sofreram pressão da esquerda que nunca esteve preocupada com a saúde da população e sim fazer queda de braço com o presidente. A máscara caiu.
Quem defendeu a “imunidade natural” antes da vacina deveria ser examinado mesmo por um psicólogo ou psiquiatra e ser impedido de se comunicar em redes por um tempo, sob o risco de ser responsabilizado por propagar Fake News!
Vacina salva!
Terra-planismo mata!
Incrível. Todos que defendiam essa tese foram tratados como genocidas. Em qualquer debate as pessoas eram apedrejada por ignorantes funcionais. Chegamos ao ponto de termos pessoas presas e obrigadas a se vacinarem por políticos radicais que só queriam que prevalecesse a sua autoridade.
A tese da matéria só se aplica para pessoas vacinadas. Quem se nega a tomar vacina continua a ser parte da pandemia, parte do problema.
Terra-planistas continuam a propagar fake news todo os dias, por mais que seus familiares, amigos e conhecidos continuem a sofrer. Vacinação é um ato coletivo. Quem se vacina se protege e ajuda a proteger o outro porque diminui o espaço de circulação do vírus.
Hummm, agora é permitido mencionar imunidade de rebanho adquirida por deixar o povo se contagiar?! Agora pode falar isso sem tomar porrada no debate público? Agora pode falar isso sem ser chamado de genocida? Agora pode falar isso sem ser associado a mal-caratismo?
Talvez porque agora com as vacinas o risco de um contaminado morrer seja bem menor, né?
Não é não
É a imunidade natural.
É permitido em alguns países onde todos estão VACINADOS!
Aqui no Brasil ainda estamos debatendo com terra-planistas sobre o que significa vacina, o que é ciência etc
Ainda estamos longe disso tudo.
Vacinação é um ato coletivo: quem se vacina se torna escudo para o outro e quanto mais gente vacinada, menos espaço o vírus encontra pra se disseminar e sofrer mutações. Quem não se vacina se torna laboratório humano grátis pro vírus entrar, sair, mutar e gerar novas ondas como a Ômicron. Enquanto não houver vacinação ampla, teremos mais e mais ondas, mais e mais mortes . . .