Estoque de imóveis para aluguel residencial no Rio é o maior dos últimos cinco anos

A taxa de vacância na cidade do Rio de Janeiro foi de 20,3%, a mais alta desde o início da pandemia, quando estava em 14%

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Vista aérea da Zona Sul | Foto: Flickr RioTur.Rio

Em junho, a taxa de imóveis residenciais disponíveis para alugar, mais conhecida como taxa de vacância, na cidade do Rio de Janeiro foi de 20,3%, a mais alta desde o início da pandemia, quando estava em 14%.

De acordo com dados da APSA, no mês de junho, o Catete chegou a uma taxa de desocupação de 25,8%, com um aumento de 30,96% comparado a maio. Já o Leme teve um aumento de 15,91% em sua vacância, alcançando 15,3%.

A média considerada normal é de 8 a 10% do total de imóveis, tornando os números atuais motivo de preocupação. A vacância do Leblon, por exemplo, se mantém uma das mais altas por vários meses seguidos, em 19,4%. Em seguida, estão: Flamengo, com taxa de 14,1%; Ipanema, com taxa 15,9%; e Laranjeiras, chegando a taxa de 14,9%.

O Centro continua como um dos bairros com maior estoque de imóveis vazios, cerca de 37,6%. Na Grande Tijuca, a Tijuca está 100% acima do normal, com taxa de 20,8%; e também o Grajaú (20,7%). Vila Isabel chega a 16,8%. Já o Maracanã teve aumento e está em 14,6%. No restante da Zona Norte, destacam-se Méier, com 15,6% de desocupação e o Rio Comprido com 20,0%.

Laudimiro Cavalcanti, diretor do CRECI-RJ, afirmou que isso pode ter sido impactado pela pandemia, pois as pessoas mudaram suas necessidades em relação à moradia: “Os consumidores do mercado imobiliário estão em busca de espaços amplos e mais adequados para a prática do home office. Imóveis sem essas características são os que estão levando mais tempo para alugar neste momento. Por outro lado, o índice de reajuste do aluguel, o IGP-M, teve grande elevação, impulsionando a negociação entre locadores e locatários como caminho viável para a manutenção do contrato de aluguel”.


Na Zona Oeste, o Recreio se destaca com uma das menores taxas de vacância do Rio de Janeiro, em 5,4%. O diretor da Block Imóveis, André Toledo, reforçou que a alta taxa de vacância não é uma realidade no Recreio: “Aqui no Recreio, a gente sente uma falta de imóveis para alugar. Tem muito cliente aguardando imóvel vagar para poder entrar. A gente sente um aumento de valor e uma procura muito grande“. Toledo ainda destacou que, por conta disso, comprar imóveis no bairro para alugar é um investimento.

Preços caem por conta do estoque mais alto

Na Zona Sul, chama atenção o valor médio do metro quadrado de Ipanema, em R$ 65,18, valor mais alto do que a média do Leblon, em R$ 59,46. Ipanema registrou aumento de 8,47% nos alugueis no último ano e o Leblon aumentou apenas 0,3%. Um dos motivos para a baixa variação pode ter sido o maior estoque disponível no bairro.

Em seguida, os valores mais altos estão no Leme, cujo metro quadrado médio está em R$ 39,54, um aumento de 2,28% nos últimos 12 meses; Botafogo (R$ 38,60/ m²), e 3,33% menor; Flamengo (R$ 37,78/ m²) e 3,68% a mais, Copacabana (R$ 37,15/ m²), 4,47% a menos; Catete (R$ 36,07/ m²) e 4,50% mais baixo; e Laranjeiras (R$ 33,24) e 6,50% mais alto do que a média no último ano.

O Centro, apesar do impacto nas desocupações residenciais, com a vacância praticamente dobrada na região, está custando 10,24% a mais, na faixa de R$ 27,67 por metro quadrado.

Na Zona Norte, a Tijuca, que lidera com a maior vacância, teve queda em 5,03% de um mês para o outro, com valores em torno de R$ 22,99 por m². No ano, há queda de 0,91% nos valores. O Grajaú, apesar da vacância alta, caiu apenas 1,20%, custando R$ 20,63. Nos últimos doze meses, o aumento foi de 0,15%. Já o Maracanã, com aumento de 0,77%, está na faixa de R$ 23,61, e tem o maior valor na região.

Por conta do alto estoque disponível, alguns bairros apresentam realmente uma baixa de preço. Esse quadro também está atrelado à recuperação da economia. Enquanto a economia não alcançar um patamar de equilíbrio, essa tendência permanece. É a lei de oferta e procura… enquanto tiver mais oferta que procura, a oferta é de baixa. Esperamos que esse quadro venha mudar, mas por enquanto o cenário é esse“, explicou Laudimiro Cavalcanti

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1 COMENTÁRIO

  1. Com os preços astronômicos, difícil é conseguir alugar.
    Pessoal parece que não entendeu ainda estamos numa crise.
    Me mudei 2x nos últimos 2 anos pq o dono das casas quis aumentar o valor de forma irreal

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