Evolução tecnológica na área de Recursos Humanos

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No auge da Revolução Industrial, na primeira metade do século XX, por uma necessidade de intermediação da relação entre as pessoas, que sofriam com o tratamento desumano e as empresas, que precisavam de mais lucro, a área de Recursos Humanos surgiu. A partir desse momento, o capital humano foi sendo descoberto e valorizado, alcançando o papel de protagonista da atual. No entanto, a Revolução Industrial passou.
Atualmente, vivemos na era da informação, em que o aprendizado é continuo e a forma de se trabalhar se distancia bastante da maneira mecânica do período anterior. A tecnologia é o fator principal nesta engrenagem, pois seu crescimento acontece de maneira exponencial.
O grande desafio do RH agora é outro, pois antes, o setor e suas ideias foram o antídoto para o problema existente, agora está tendo que se reinventar para sobreviver. Já não é de hoje que as práticas de trabalho em equipe, gestão, avaliações de desempenho e afins têm evoluído, mas em um mundo cada vez mais globalizado, onde a informação tem se tornado cada vez mais imediata, tais esforços não tem sido o bastante. Inclusive, os setores oriundos da tecnologia da informação estão desenvolvendo metodologias de gestão de pessoas, como a scrum, que conseguem intensificar ainda mais a produção.
Sem contar a intervenção da tecnologia vista em produtos. Começamos com sites de divulgação de emprego, que modificou a forma de se procurar emprego. Enquanto na década de 90 buscar emprego era sinônimo de gastar sola de sapato, na segunda metade da primeira década dos anos 2000 nem saímos da cadeira e conseguimos emprego. Um pouco depois, surgiu uma rede social corporativa, que tornou este contato uma via de mão dupla. A partir dela, os candidatos também puderam conhecer melhor as empresas, seus colaboradores e avaliadores. O Linkedin deu mais um passo na construção deste relacionamento. O Facebook, percebendo o potencial deste tema, investiu pesado no Facebook at Work, que será voltada ao público corporativo.
O presente já vinha sendo tateado pelo EAD, mas que vem ganhando força com os processos seletivos totalmente online. Iniciante começou com o Skype, mas as empresas entenderam que precisavam de mais. Nesse contexto, algumas instituições já se anteciparam e desenvolveram softwares, em que os processos seletivos são realizados todos pela Internet. As pessoas hoje, se quiserem, não precisam mais sair de suas casas para contratação.
O home office é outro evento que demonstra como a relação das empresas com os seus colaboradores estão mudando. Algumas empresas já possuem equipes em que os seus colaboradores se encontram até em continentes diferentes. Os horários já não são mais rígidos e muitas empresas utilizam o ponto eletrônico, quando usam.
Em suma, a área de recursos humanos, mesmo não sendo o combustível principal da mudança imposta por uma revolução, como na era industrial, ainda desenvolve o papel de mediadora entre as pessoas e suas criações, mesmo que, atualmente, também esteja sofrendo grandes transformações. Afinal, por mais que a tecnologia seja a “vedete” do momento, é o ser humano quem está por trás disso tudo.
Carlos Eduardo Pereira
CEP PerfilCarlos Eduardo Pereira é Consultor de Carreiras do Bê-á-bá do RH e sócio fundador da consultoria Top Quality. Psicólogo há oito anos formado pela Universidade Estácio de Sá (Unesa), está cursando MBA em Gestão de Pessoas pela UFF. Já trabalhou no Senac Rio e na empresa de Call Center TMKT como analista de RH, desenvolvendo recrutamento e seleção para grandes clientes como L’Oréal, Banco do Brasil, Itaú, Sulamérica e Claro.

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