O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, está com tudo para as eleições 2022. No fim do ano passado foi noticiado aqui no DIÁRIO DO RIO que seu nome estava sendo sondado para ser candidato a governador do Rio de Janeiro. Santa Cruz estaria recebendo incentivo de diferentes partidos.
Agora, é a vez de Ancelmo Gois, dizer que há uma articulação para Santa Cruz ser candidato a uma vaga do Senado, a que pertence hoje ao ex-jogador Romário. Realmente mais fácil que a eleição para o governo, onde Claudio Castro (PSC), vem tentando criar uma aliança ampla que dificultaria bastante uma candidatura viável.
Filho de um desaparecido político, Fernando Santa Cruz, durante o período dos governos militares, Felipe tem sido um forte opositor ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que chegou a falar sobre Fernando o seguinte: “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade“. E para o presidente, ele teria sido supostamente assassinado por integrantes da Ação Popular (AP) — grupo de esquerda que atuava contra o regime militar.
Caso aceite ser candidato, não será a primeira disputa dele na política partidária. Em 2004 foi candidato a vereador do Rio de Janeiro pelo PT, quando tinha 32 anos, e obteve 3.187 votos.
É incompreensível como a política se opera, principalmente no Rio. Em vez de políticos candidatos, surgem candidatos à politica, sem nenhum conhecimento ou experiência em gestão pública ou na lide política. Se os caciques dos partidos não encontram um nome adequado “inventam” um, que se adeque as aspirações demagógicas e de pouco resultado prático para sairmos da crise econômica, ética e de segurança pública que assola o Estado há algum tempo. Para onde for Santa Cruz, com certeza não será na mesma direção de dias melhores para o Estado do Rio.
Só existe uma vaga para o Senado na próxima eleição. Acho inviável o nome dele para a única vaga. Só tem apelo junto ao meio jurídico e ainda assim de centro/esquerda.
Se a candidatura for para o Governo do RJ, as chances são maiores. Bastaria ao menos ficar bem posicionado para ir ao segundo turno.