Fernanda Dias: Você sabe o que está comendo? Aprenda ler rótulos

Nutricionista te ensina a saber exatamente o que você está levando para casa

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Imagem apenas ilustrativa | Foto: Mehrad Vosoughi | Pexels

Leitura de rótulos: essa é uma dúvida muito recorrente que recebo de pacientes, seguidores e amigos que sempre ficam perdidos quando se deparam com infinitas possibilidades de produtos nas prateleiras dos supermercados e das diversas marcas referentes ao mesmo tipo de produto. Tem gente que pensa assim: ah, é tudo igual, vou levar qualquer um, ou ainda escuto assim, vou levar o mais barato. Vou te falar, não é tudo igual não! 

Pense que são os nossos questionamentos e decisões diante do que estamos comprando para fazer parte da nossa alimentação que moldam as indústrias que nos oferecem os produtos. Quanto mais formos seletivos e não aceitarmos substâncias estranhas e nocivas que prejudicam a nossa saúde; que tentam nos empurrar escondendo em letras minúsculas quase ilegíveis, mais seremos beneficiados.  É muito importante ter atenção nessa escolha porque as marcas cada vez mais se diferenciam e se aprimoram em oferecer produtos com ingredientes melhores, portanto, vale a pena investir numa empresa que pensa na sua saúde e te entrega um produto melhor com ingredientes mais naturais. A indústria vai se adaptar ao novo padrão de consumidor. Isso já é uma realidade. 

Então, vou te dar algumas dicas de como saber fazer melhores escolhas e como fugir daqueles produtos industrializados “disfarçados de boas opções”.

Primeiro de tudo, a parte da frente da embalagem é o marketing da empresa, ali ela vai tentar te seduzir com cores chamativas, dizeres do tipo isento disso ou daquilo, fonte disso ou daquilo, 0% de algum ingrediente, etc..  A verdade dos fatos está na parte de trás da embalagem, na lista de ingredientes com letras pequenas e muitas vezes difíceis de decifrar.  

Outro ponto importante de ser analisado é que os ingredientes sempre estão descritos em ordem descrente, isto é, da maior proporção para a menor proporção dentro daquele produto. Por exemplo, um pão que é integral de verdade não deve conter farinha de trigo refinada na composição. E isso acontece, pode ser feita uma mistura dos dois tipos de farinha, (integral e refinada) e a empresa dizer que o pão é integral, mas ele é parcialmente integral, e isso confunde bastante o consumidor. Você acredita estar comprando algo que não corresponde realmente ao produto desejado. 

Outra dica, quanto menor a lista de ingredientes, melhor é o produto. Mostra que ele é um produto minimamente processado. Esses são boas opções para se ter em casa. Já os produtos com listas de ingredientes extensas e com vários nomes estranhos são classificados como processados e ultraprocessados. Fuja principalmente desse último tipo de produto. Não fazem bem para nossa saúde.   

Evite comprar produtos que contenham açúcar entre os 3 primeiros ingredientes. E fique muito atento com açúcar em nomes disfarçados como: sacarose, glucose, xarope de milho, dextrose, maltodextrina, frutose, açúcar invertido, amido modificado).

Cuidado com nomes estranhos de corantes, conservantes e aromatizantes artificiais (corante caramelo, corante INS seguido de numeração).

Evite ao máximo produtos com gorduras inflamatórias como: gordura trans e óleos refinados (soja, milho, girassol).

E por último, mas não menos importante, fuja dos realçadores de sabor como o glutamato monossódico, e de adoçantes artificiais, eles são feitos para viciar o seu paladar.  Já reparou que é difícil abrir um pacote e não comer tudo até o final? 

Lembrando que alimento de verdade não tem rótulo e não vem com lista de ingredientes. Faça deles a base da sua alimentação. 

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