Papo de Talarico: Entenda a ‘Derrapada’ de Eduardo e Mônica no Dia do Cinema Brasileiro

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Filme Derrapada
Os personagens Alicia e Samuca de "Derrapada" (foto: Helena Barreto)

19 de junho é Dia do Cinema Brasileiro. Sim, esse que é tão subestimado e esculachado por alguns e amado por outros tantos. Pessoalmente, sou um entusiasta do Cinema Nacional. Na última segunda-feira (19/06) estive cobrindo a pré-estreia de “Derrapada”, no Madureira Shopping, um daqueles filmes que dá orgulho do cinema brasileiro. O longa passou pelas últimas edições do Festival do Rio, Mostra de São Paulo e Indy Film Festival, em Indianápolis (EUA), onde venceu Melhor Filme pela categoria “Cinema Mundial”. É ou não é para se orgulhar?

“Derrapada” mostra como poucos as agruras da adolescência nos subúrbios cariocas, viajando entre a comédia, que arranca risos verdadeiros no tempo certo, e o drama, envolvendo os espectadores nos medos dos personagens. É sobre amor, mas sobre vida real. É sobre como um deslize – uma derrapada, né? – em um instante, muda várias vidas. A complicada gravidez na adolescência. Lembrei um pouco de “Juno”, classico filme indy de 2007, que aborda o mesmo tema. Mas são bem diferentes. “Derrapada” é na minha casa, no Rio de Janeiro, com locações em Madureira onde morei, e na Tijuca, que conheço bem. Tem um humor brasileiro, carioca, e muito da nossa realidade. É didático, político, necessário.

Quem um dia irá dizer que não existe razão na derrapada de um coração

Engraçado porque, no dia anterior, na noite de domingo, vi “Eduardo e Mônica”, outro ótimo filme brasileiro, baseado na marcante canção da Legião Urbana sobre um casal muito distinto. Afinal, ela era de Leão, e ele tinha dezesseis. Longa-metragem fofo, também com belas doses da realidade de um relacionamento. E está difícil se relacionar não é mesmo? Tempos líquidos onde ninguém mais tem paciência para superar dificuldades e aprofundar amores. Mas aí está o cinema para nos conduzir a outros mundos, ensinar, fortalecer, direcionar, deixar sonhar, ajudar a viver.

Além de entusiasta do Cinema Nacional, também sou daqueles que acredita no amor, o qual, inclusive pode nascer de um aplicativo, por que não? Papo vai, papo vem, a gente sai do virtual, se encontra, olhos nos olhos, boca na boca, que coisa louca. Baby, me chama. Então, um encontro cinematográfico, com direito a receio de se envolver, café da manhã na cama, paixão ardente. Finalmente.

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Ah, que os Eduardos e Mônicas desse país se encontrem. E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? Mas tem que acreditar, e se esforçar. Muito.

Afinal, vida longa ao Cinema Nacional, sempre maiúsculo! E vida longa aos românticos e poetas.

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