O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (SMAC), firmaram uma parceria para capacitar agentes comunitários em educação ambiental, saúde pública e emergências climáticas. O convênio, integrado ao projeto Ensino, Pesquisa e Extensão nos Núcleos de Educação Ambiental e Ação Climática no Município do Rio de Janeiro, foi assinado (28/3), no campus da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro.
O encontro contou com a presença do Secretário de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere; do Secretário de Saúde, Daniel Soranz; do chefe de gabinete da SMAC, Lucas Wosgrau Padilha; e da vice-presidente interina de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Patrícia Canto Ribeiro. Do IOC/Fiocruz, participaram a diretora do Instituto, Tania Araujo-Jorge; e a pesquisadora e coordenadora do projeto, Clelia Christina Mello Silva Almeida da Costa. Acompanharam a cerimônia alguns dos agentes que serão capacitados pela iniciativa; bem como integrantes da diretoria do IOC, como o vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Elmo Eduardo de Almeida Amaral, e o chefe de gabinete, Daniel Daipert.
“A proposta deste projeto é atuar na formação de agentes comunitários de educação ambiental com base no diálogo de saberes para promover a saúde planetária, sempre levando em consideração as características do território”, destacou Clelia Christina, responsável pela iniciativa e pesquisadora do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do IOC/Fiocruz.
Para o Secretário de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere, o acordo fortalece ainda mais os laços da SMAC com a ciência.
“Estamos assinando um documento alinhado com o que existe de mais recente no mundo em mudanças climáticas”, afirmou. Cavaliere destacou ainda que os agentes possuem um papel significativo no combate à desinformação.
“Precisamos buscar aliados na hora de comunicar a importância das descobertas e das pesquisas científicas. Alguns dos aliados importantes são aqueles que chegam às casas das pessoas”, pontuou o secretário.
De acordo com a SMAC, cerca de 110 agentes comunitários serão capacitados e terão atuação estratégica em todos os bairros do Rio de Janeiro. O convênio integra o Plano de Desenvolvimento Sustentável e ação climática do município.
Além do treinamento, outras ações também estão contempladas no convênio. Entre elas, o assessoramento da SMAC pelo IOC/Fiocruz em análises de problemas ambientais associados ao clima; a realização de pesquisas sobre qualidade e educação ambiental em territórios selecionados; e a construção de materiais educativos em educação climática e ambiental.
A inerência entre os temas saúde e ambiente foi revisitada por Patrícia Canto Ribeiro, vice-presidente interina de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, que na ocasião também representava a presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima.
“O convênio firmado é uma forma de expressar essa indissociabilidade no dia a dia”, enfatizou. “Em um momento de crescimento da miséria no país, precisamos lembrar que quem mais sofre com as mudanças climáticas são as populações mais vulneráveis e devemos estar atentos a elas”, afirmou.
Também dentro do tema da interdisciplinaridade, o chefe de gabinete da SMAC, Lucas Wosgrau Padilha afirmou que “a cultura, a ciência e o ambiente devem se aliar para a saúde” e lembrou que o convênio assinado teve como origem o contato de membros da Prefeitura do Rio com pesquisadores do IOC/Fiocruz durante eventos científicos.
A importância da Fiocruz no cenário nacional e internacional foi salientada pelo Secretário Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Para Daniel Soranz, a Fundação vai além da troca de conhecimento técnico, possuindo também uma missão de fazer indivíduos pensarem, e encorajou os agentes comunitários a aproveitarem a atual oportunidade.
“A Fiocruz tem muito conhecimento para ser compartilhado com os Núcleos Ambientais de Educação Ambiental e Ação Climática”, expressou Soranz.