Já vão completar seis anos sem um destino definitivo para o SESI de Honório Gurgel, na Zona Norte, desde que a unidade fechou definitivamente as portas em 2017, época em que várias indústrias saíram do Rio de Janeiro para outros estados em busca de condições fiscais mais favoráveis. O espaço, que abrigou por 37 anos um complexo de serviços de educação e lazer, com piscina e quadra de esporte, ainda é alvo de debate da sociedade com gestores do Sistema S, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
De acordo com o órgão da iniciativa privada, desde que foi fechado de vez, a instituição tem feito ações junto aos governos estadual e municipal para encontrar a melhor destinação para o espaço, considerando as necessidades da população local. Ainda segundo a Federação, as atividades tiveram que ser interrompidas em função de questões operacionais, econômicas e de segurança dos frequentadores e funcionários.
Atrás do terreno, encontra-se ainda parte arborizada próxima à Via Light, que liga o Rio a Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e que pode ter acesso à Avenida Brasil ainda no Governo Castro, empossado no último domingo (01/01).
A região já conta com shopping no bairro vizinho e, por isso, a intenção dos moradores é que o clube seja reativado. “Sentimos falta das atividades de natação, hidroginástica, cursos de qualificação profissional, atendimento de saúde odontológica e homeopatia. Os jovens então da piscina e do futebol”, relata a assistente social Vânia Dutra, de 52 anos, integra o movimento de moradores em prol da volta do SESI ao lado da Esther Azevedo, de 23, que inclusive aprendeu a nadar na piscina da unidade de Honório Gurgel.
Vizinhos contam que o espaço chegou a ficar sem manutenção no ano passado, com água acumulada na piscina, mas, em meados de dezembro, os administradores resolveram a questão, esvaziando o espaço. A assessoria do SESI relata, em nota, que os serviços de manutenção tiveram que ser interrompidos temporariamente para preservar a segurança das pessoas, já que houve violência contra equipes e as instalações. A polícia chegou a ser procurada em todos os casos. A Federação ainda completa que a manutenção está mantida desde então e tem aberto diálogo com as lideranças locais.
Me chamo Ridgley, tenho 46 anos e as memórias mais felizes da minha infância são exatamente nesse lugar onde nos finais de semana onde desfrutava desse maravilhoso clube nos anos 80, onde aprendi a nadar…
Da tristeza ver desse jeito.