Flávio Valle – Anne Frank: inspirando gerações

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Neste 12 de junho, celebramos o nascimento de Anne Frank, em 1929, em Frankfurt, Alemanha. Com o nazismo no poder, sua família se mudou para Amsterdã, Holanda e quando completou 13 anos, Anne ganhou de seu pai, Otto, um diário, onde escrevia como se conversasse com uma amiga sobre o seu dia a dia, sonhos e anseios adolescentes. Mas, no ano de 1942, o nazismo, que já havia alcançado a Holanda, aumentou a perseguição aos judeus e Anne e sua família passaram a viver escondidos no sótão do prédio onde funcionava o escritório de seu pai.

Todo o período em que esteveram em isolamento foi documentado por Anne em seu Diário, que depois veio a se tornar um dos registros mais importantes sobre o Holocausto e as atrocidades cometidas pelos nazistas.

Num espaço já pequeno para 4 pessoas – Anne, seus pais e sua irmã – a solidariedade da família os levou a receber outras 4 pessoas no esconderijo. Viviam confinados, sem poder fazer barulho durante o dia, sob pena de serem descobertos. Alguns funcionários de Otto, entre eles Miep Gies, arriscavam suas vidas trazendo-lhes notícias, alimentos e alguns objetos para ajudar na sobrevivência de pessoas que estavam marcadas para morrer apenas por serem judeus. Essas e outras informações da vida no sótão, chamado por Anne de anexo secreto, e os terrores da vida sob domínio nazista, foram registradas em seu diário.

Infelizmente, em agosto de 1944, todos os que estavam no esconderijo foram descobertos e levados para a prisão e, em seguida, para campos de concentração nazistas.

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Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o diário de Anne foi encontrado por Miep Gies, que o entregou a Otto, único da família a sobreviver ao Holocausto. Sua mãe morreu de fome em Auschwitz e Anne e sua irmã morreram no campo de concentração nazista de Bergen-Belsen no início de 1945, vítimas de tifo.

Em seu diário, Anne registrou o sonho de ser escritora e, de certo modo, se tornou, ainda que postumamente. O Diário de Anne Frank teve a sua primeira edição em 1947 e, ao longo das décadas, foi publicado em diversos idiomas, teve edições revisadas e versões adaptadas para leitores de diferentes idades, adaptações para o cinema, além de ter inspirado a produção de vários projetos pedagógicos sobre a história do Holocausto.

No Rio, a Escola Municipal Anne Frank, em Laranjeiras, desde a sua fundação, em 28/2/1961, homenageia a jovem todos os dias. Seus alunos têm em Anne Frank uma fonte de inspiração refletida no hino da escola, em seus estudos e atividades em geral.

E para o mundo inteiro, para várias gerações, Anne é símbolo da luta pela liberdade de expressão cultural e religiosa. Esse é também é o meu desejo. Nesse dia 12, viva Anne Frank, e suas palavras de esperança: “Apesar de tudo eu ainda creio na bondade humana”.

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