Forfun lota Marina da Glória em 3 shows, emociona fãs e mostra que é uma banda ‘pra sempre’

No reencontro com o RJ, Danilo, Rodrigo, Vitor e Nícolas confirmam que, faça sol, chuva, calor ou frio, a sintonia Forfun-público é a mesma

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Forfun reverenciando público em show na Marina da Glória, no Rio de Janeiro - Foto: César Ovalle

No dicionário, a palavra ”nostalgia” tem como significado ”saudade de alguma coisa, de uma circunstância já passada, de uma condição que deixou de possuir, de um lugar, de algo que já viveu”. Pois era exatamente esse o sentimento dos fãs do Forfun no retorno da banda à sua cidade natal, o Rio de Janeiro, com três shows eletrizantes na Marina da Glória no último fim de semana, todos com ingressos esgotados antecipadamente.

A começar pela sexta-feira (23/08), possivelmente a apresentação mais aguardada de todas, por ser a primeira após quase nove anos de espera – o grupo encerrou as atividades em dezembro de 2015. No único dos três dias sem frio ou chuva na capital fluminense, a Marina da Glória viu de perto Danilo Cutrim (guitarra, violão e voz), Rodrigo Costa (baixo e voz), Vitor Isensee (teclados, guitarra e voz) e Nícolas Fassano (bateria) com um entrosamento que faz jus ao fervor e idolatria do público.

Logo de cara, no primeiro riff de guitarra de Danilo, em ”Hidropônica”, uma das músicas mais conhecidas da carreira do Forfun, ficou claro que a noite seria um sucesso e que um fim de tarde olhando o mar – nesse caso, a Baía de Guanabara – era uma ótima opção para aquele dia.

Cortando para o sábado (24/08), com clima consideravelmente mais frio na Marina da Glória, a segunda canção do setlist, ”Good Trip”, mais uma pedrada do álbum ”Teoria Dinâmica Gastativa” (2005), o mais rock n’ roll da banda, continuou mostrando o som potente do quarteto, não deixando ninguém parado, até porque o comodismo é um mal parasitário, não é mesmo?! Encerrando o primeiro bloco de músicas inimigas da estagnação, ”Dia do Alívio”, uma crítica ao consumismo desenfreado, ao egoísmo e à superficialidade humana.

Já no domingo (25/08), apesar das condições climáticas teoricamente adversas, o Forfun mostrou que, ”faça sol ou chuva, um lindo dia vai nascer”. De ”Suave” a ”Morada”, passando por canções como ”O Viajante”, ”Cigarras”, ”Aí Sim”, ”Minha Joia” e ”Dissolver e Recompor”, Danilo, Rodrigo, Vitor e Nícolas deram uma leve reduzida na intensidade do show, investindo nos principais hits dos álbuns ”Polisenso” (2008) e ”Alegria Compartilhada” (2011), que, à época, mostraram uma banda mais ”eclética”, deixando de lado o viés exclusivo de hardcore e passando a usar ritmos como reggae, dub e eletrônico, por exemplo.

Menção honrosa também, obviamente, a ”Largo dos Leões”, uma verdadeira reverência ao Carnaval de rua do Rio, inclusive com chuva de confetes pairando no ar e amigos e amigas se abraçando de se transbordar enquanto a música era executada.

Em seguida, voltando ao ”Teoria Dinâmica Gastativa”, ”Valer a Pena” certamente confirmou ao público que arriscar a ida à Marina da Glória, em meio a uma chuva constante, foi a escolha certa.

Posteriormente, num terceiro momento do show, digamos assim, saíram de cena guitarra, baixo e bateria, entrando violão, violoncelo e pandeirola. Nisso, de forma acústica, uma mescla de todas as fases do Forfun, com canções como ”4 A.M.”, ”O Melhor Bodyboarder da Minha Rua”, ”Eremita Moderno”, ”Panorama” e ”A Vida Me Chamou”, incluindo também, claro, o início da carreira, simbolizado por ”Vou em Frente” e ”Minha Formatura”. Paralelamente, homenagens ao Rio de Janeiro, com ”Wave” (Tom Jobim) e ”Corpo Nu” (MC Andinho, MC Vinícius e DJ Marlboro).

Tudo legal, tudo fluindo, mas era hora de voltar à porradaria, disse Danilo Cutrim. Sendo assim, mais uma mistura de ”Polisenso” com ”Alegria Compartilhada”, com hits como ”Sigo o Som”, ”Gruvi Quântico”, ”Tropicália Digital” e ”Cosmic Jesus”.

Por fim, no último ato, o recado de Danilo foi executado com ainda mais maestria. Na ordem, ”Constelação Karina”, ”Seu Namorado é um Cuzão”, ”Cara Esperto”, ”Terra do Nunca”, ”Costa Verde” e ”História de Verão” foram uma verdadeira ode ao pop punk carioca, o popular ”Riocore”, que marcou época na Cidade Maravilhosa o início dos anos 2000. Sensação de êxtase, gritos, pulos, rodinhas… resumidamente, lágrimas abrindo alas para sorrisos.

Para quem é do RJ e não conseguiu ir a algum dos três shows na Marina da Glória, no próximo dia 23/11, a banda encerra a turnê ”Nós” no Estádio Nilton Santos, também conhecido como Engenhão, no Engenho de Dentro, Zona Norte carioca, com ingressos ainda à venda. Será a última apresentação do grupo em sua história? Ninguém sabe, nem mesmo os próprios integrantes. Mas, uma coisa pode-se afirmar: o Forfun é pra sempre!

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