Furto de obras de arte em SP acende o alerta sobre cuidados básicos de segurança

A apreensão de objetos roubados em SP nasceu da diligência de pesquisadores do Rio de Janeiro, mas a solução do problema está na prevenção destes crimes

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Nos últimos dias, foi amplamente divulgado que um decorador de igrejas de São Paulo está sendo investigado por suspeita de furtar e revender itens provenientes de templos históricos.

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Durante a operação da Polícia Civil na residência do acusado, em Higienópolis, foram encontradas diversas esculturas, pinturas e outros objetos, que foram apreendidos e agora estão sendo avaliados para possível identificação por parte do IPHAN/SP e dos proprietários dos bens.

O que muitos desconhecem é que essa investigação já estava em andamento pelo IPHAN/SP desde o começo de 2025. Para explicar: pesquisadores do Rio de Janeiro identificaram uma escultura de Cristo Crucificado com o brasão carmelitano, possivelmente pertencente à igreja da Venerável Ordem Terceira do Carmo de São Paulo. O objeto, que estava sendo anunciado no Instagram, foi encontrado nas fichas de inventário de tombamento desse monumento.

Logo, a equipe de pesquisa alertou o IPHAN/SP, que, por sua vez, acionou a Polícia Federal para dar sequência à denúncia. Simultaneamente, em caráter urgente, a Irmandade também iniciou sua própria investigação. Após revisar imagens de câmeras de segurança, os membros da Irmandade perceberam que parte do seu acervo havia sido furtada e colocada no porta-malas do carro do decorador.

Esse incidente revela a importância dos cuidados que os proprietários de acervos tombados devem adotar. O uso de câmeras de segurança é um dos aspectos mais óbvios. No Rio de Janeiro, uma parceria entre o BNDES e a Arquidiocese tem permitido a instalação desses sistemas em monumentos históricos que ainda não possuíam esse recurso, o que já ajudou a identificar ao menos três casos semelhantes nos últimos meses.

Outro ponto, ainda mais delicado, é a escolha cuidadosa de profissionais, sejam eles diletantes ou especialistas, apresentados a padres, provedores e outros responsáveis. Embora esses profissionais muitas vezes ofereçam soluções e facilidades, nem sempre estão devidamente capacitados ou agem com a boa-fé necessária, como evidenciado nesse triste episódio.

Esperamos que este ocorrido sirva como lição para todos, ajudando a mitigar situações semelhantes no futuro.

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