Gato-mourisco é reintegrado à Mata Atlântica em Piraí

Reserva Ecológica Serra do Tangará foi escolhida para a soltura do felino por causa do trabalho de recuperação de vegetação nativa e preservação ambiental há mais de uma década

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Uma jovem fêmea de gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi), com cerca de um ano e três meses de idade, foi reintroduzida à natureza, na Reserva Ecológica Serra do Tangará – espaço gerido pela ONG Instituto Serra do Tangará – em Piraí, no Sul do estado do Rio de Janeiro. A felina, que recebeu o nome de Odete, havia sido encontrada por moradores no município de Paracambi (RJ), em uma área de transição entre mata e zona rural, assustada e com uma das patas inchada. Recolhida pelo Corpo de Bombeiros, passou por um período de 45 dias de reabilitação no C entro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) de Seropédica, unidade do IBAMA, onde passou por cuidados veterinários e um processo de readaptação, que incluiu estímulos para avaliação de seus comportamentos naturais e uma bateria de exames, antes de ser encaminhada para a Área de Soltura de Animais Silvestres da ONG.

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“Desde 2012 fazemos um trabalho constante de recuperação de áreas que antes eram destinadas ao pasto. A Reserva Ecológica Serra do Tangará foi escolhida para esse processo de refaunação justamente por conta da Mata Atlântica preservada, essencial para a soltura. Esta foi a primeira vez que um felino silvestre foi reintegrado aqui no nosso espaço”, conta Jovani Monteiro, biólogo e diretor do Instituto Serra do Tangará.

A felina foi solta com um rádio-colar, que emite sinais via GPS, possibilitando, com auxílio de antena e receptor, a coleta de dados sobre seus deslocamentos, para ser monitorada nos próximos seis meses. O objetivo dos pesquisadores, com apoio do Programa Carnívoros do Rio, que estuda a ecologia dos predadores nativos do estado, é acompanhar a movimentação do animal, entender a sua ecologia em vida livre e avaliar os desafios para a conservação da espécie. A expectativa é que essa primeira experiência abra caminho para futuras solturas monitoradas, contribuindo para o acompanha mento e proteção de outras espécies ameaçadas na região.

A Reserva Ecológica Serra do Tangará tem 300 mil metros quadrados e desde 2014 recuperou 10 mil metros quadrados com o plantio de vegetação nativa da Mata Atlântica.

Sobre o Instituto Serra do Tangará
O Instituto Serra do Tangará é uma organização não-governamental que refloresta área de Mata Atlântica desmatada para a criação de pasto na região Sul Fluminense, protegendo mais de 300 espécies de plantas, 350 tipos de aves e centenas de outros animais que habitam a região. A iniciativa é liderada pelo biólogo e professor de Ensino Médio Jovani Monteiro. Em 2012, transformou a propriedade familiar desmatada em Reserva Ecológica Serra do Tangará, iniciando o sonho de criar uma grande área protegida.

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