O Governo do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade, a Cedae e concessionárias de saneamento, anunciou a realização de obras emergenciais para mitigar os impactos da estiagem sobre o abastecimento de água na região do Leste Metropolitano. O objetivo é garantir a manutenção da vazão do Sistema Imunana-Laranjal, responsável por abastecer cerca de dois milhões de pessoas.
As intervenções começam ainda esta semana com o desassoreamento do Canal de Imunana, onde a Cedae faz a captação de água. Durante uma reunião, ficou acordado que a Secretaria de Ambiente, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae e as concessionárias irão disponibilizar retroescavadeiras para as obras. Além disso, serão instaladas bombas abaixo da Barragem do Rio Macacu para aumentar o volume de água disponível para tratamento.
Cenário de estiagem
O Canal de Imunana, formado pela confluência dos rios Macacu e Guapiaçu, em Guapimirim, está sofrendo com a queda no nível do Rio Macacu, que atualmente está 16% abaixo da média dos últimos três anos. Caso as medidas emergenciais não sejam suficientes, existe a possibilidade de construção de uma adutora para captar água do Rio Guapimirim.
“Não estamos poupando esforços para nos adaptar às mudanças climáticas. Mantemos ações de prevenção e estamos prontos para atuar emergencialmente para minimizar os impactos na vida da população”, destacou o governador Cláudio Castro.
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, reforçou a urgência das medidas: “Os dados meteorológicos indicam que a escassez de chuvas vai se prolongar até outubro. Estamos agindo de forma emergencial e nos preparando para o médio prazo, visando garantir que o abastecimento não seja comprometido.”
No início da semana, a Cedae emitiu um alerta sobre o risco de redução na produção de água devido ao baixo volume dos mananciais. “Estamos monitorando os efeitos das condições climáticas adversas e trabalhando para antecipar os problemas e reduzir os impactos para a população”, afirmou o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon.