O Leilão da CEDAE será responsável por uma revolução socioambiental no Estado do Rio de Janeiro. Com esta mensagem, o governador Cláudio Castro (PL) abriu o evento que reuniu os prefeitos das cidades que participam do projeto para a apresentação dos números finais do leilão, nesta quarta-feira (16/06), na Barra da Tijucao. Além de apresentar a divisão dos R$ 22,6 bilhões, entre municípios, o Instituto Região Metropolitana (IRM) e o Governo do Estado, o governador falou sobre os investimentos que serão feitos por todas as cidades e anunciou abertura de concurso público para a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa).
– Tenho o compromisso de não gastar este dinheiro com despesas ordinárias, como pagamento de salários. Vamos investir em infraestrutura que faça a diferença em nosso estado, que seja capaz de gerar novas vagas de trabalho e renda para a nossa população. Nos próximos dias, vamos lançar o PactoRJ, com um plano de ações para o crescimento econômico do estado, que vai gerar desenvolvimento social – afirmou Cláudio Castro.
O governador destacou o compromisso com a transparência do uso do dinheiro e a necessária fiscalização dos contratos.
– Vamos reforçar a Agenersa para que a fiscalização seja feita com qualidade. Já autorizei a abertura de concurso para que a agência tenha condições de realizar um bom trabalho. E vamos criar um portal para que as pessoas possam acompanhar a forma como investiremos o dinheiro. E convidei os 29 prefeitos para aderirem à ferramenta. Temos a oportunidade de fazer história e temos que fazer de uma forma diferente. É o que deseja o cidadão. Estamos reconstruindo esse estado juntos, com Assembleia Legislativa, prefeitos, governo federal, câmaras municipais e Congresso Nacional – disse o governador.
O secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione, destacou a grandeza do projeto – “o maior de infraestrutura socioambiental do país” – e lembrou que o estado está trabalhando para licitar o bloco 3, com mais municípios.
– Trata-se de um divisor de águas para o Rio de Janeiro. Teremos um novo leilão até o fim do ano e estamos trabalhando nessa modelagem. Importante ressaltar a transparência do processo, elogiado pelos órgãos de controle. Além disso, a concessão ocorreu sem atraso. Agora teremos um prazo de até 60 dias para assinarmos os contratos, e a ideia é antecipar a fase de operação assistida. Nos cinco primeiros anos, boa parte dos recursos serão aplicados, e a população já vai sentir a diferença. Estamos construindo hoje o Rio de Janeiro de amanhã – disse Nicola Miccione.
O evento também contou com a apresentação das duas concessionárias que venceram o leilão, Aegea (blocos 1 e 4) e Iguá (bloco2). Os responsáveis pelas companhias, além de apresentar suas empresas, mostraram como pretendem atuar nas áreas concedidas. O diretor da Aegea, Alexandre Bianchini, destacou que existe a intenção de ampliar a tarifa social além do que está determinado no contrato.
– Fizemos estudos e entendemos que será necessário fazer com que a tarifa social chegue até mais pessoas. Temos experiência em trabalhar com comunidades e, quando cobramos o justo, temos taxas muito pequenas de inadimplência. Durante a pandemia houve muito desemprego e muitos bons pagadores ficaram inadimplentes. Nesta hora, a empresa tem que fazer a sua parte e ajudar. Temos este compromisso social – afirmou Bianchini, acrescentando um dos motivos do interesse da empresa pelos blocos 1 e 4. – Nosso desejo era abraçar a Baía de Guanabara e fazer de sua recuperação um símbolo – explicou.
O presidente da Iguá Saneamento, Carlos Brandão, disse que a atuação da empresa será pautada por um constante diálogo com os clientes.
– A Iguá se preparou para esse momento. Nós temos investido recursos e energia para aprimorar processos, transformar e inovar dentro da cadeia do saneamento e encantar nossos clientes. Estamos prontos para sermos agentes protagonistas do setor, promovendo mais qualidade de vida para as pessoas atendidas. Atuamos com e para as comunidades onde estamos presentes. Além disso, a conquista do contrato do bloco 2 é um marco importante para os planos de expansão da Iguá e reforça ainda a estratégia de longo prazo da companhia de crescer e expandir os investimentos em serviços de água, contribuindo para a universalização do saneamento no país – afirma Brandão.