Foi lançado, nesta segunda-feira (13/12), o programa de câmeras operacionais portáteis do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Em evento realizado no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, o governador Cláudio Castro explicou que os equipamentos serão instalados em uniformes de agentes de segurança pública, fiscalização, licenciamento e defesa civil, registrando atividades e abordagens. A utilização das câmeras começará no fim do ano, reforçando a segurança em Copacabana, que recebe um grande fluxo de turistas nesse período. Policiais militares do 19º BPM já estão em treinamento para utilização da tecnologia.
A aquisição das 21.571 câmeras corporais foi a maior licitação já feita no país desse tipo de equipamento e faz parte do Programa Estadual de Transparência em Ações de Segurança Pública, Defesa Civil, Licenciamento e Fiscalização. Além de proteger os servidores em casos de falsas acusações, o uso do equipamento vai aumentar a transparência e a fiscalização das ações policiais, reforçou o governador.
“O Rio entra em uma nova fase da segurança pública, levando mais proteção ao policial e também à população. É um orgulho para o Governo do Estado esse grande avanço. Vamos começar utilizando as câmeras em situações menos conflituosas até que as polícias tenham a curva de aprendizagem necessária para que se implante essa tecnologia também em operações de mais risco. Já no fim do ano teremos as câmeras à disposição. Posteriormente, os equipamentos serão distribuídos em um cronograma a ser definido”, explicou Cláudio Castro.
Participaram também do lançamento do programa o secretário de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, o secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, o secretário de Fazenda, Nelson Rocha, o secretário de Turismo, Gustavo Tutuca, e o presidente do Detran, Adolfo Konder.
Coordenada pela Secretaria de Estado da Casa Civil, a licitação levou em conta o menor preço unitário por item. A vencedora foi a L8 Group, empresa curitibana especializada em desenvolvimento de tecnologia para cidades inteligentes e cibersegurança, que apresentou a proposta de R$ 296 por unidade. O pregão eletrônico foi realizado no dia 21 de setembro e conseguiu alcançar um valor 70% mais baixo do que a média estimada na pesquisa de preços.
Para ter acesso ao equipamento, o agente vai até uma central de recarga e armazenamento de imagens, onde é feita a leitura facial. Um compartimento se abre e a câmera portátil é retirada e colocada no uniforme do agente. A gravação se inicia automaticamente quando o equipamento é liberado, e a câmera filma 12 horas seguidas. As imagens geradas são passadas para uma nuvem e podem ficar armazenadas por até um ano. As câmeras não permitem edição e nem manipulação de imagens.
Treze órgãos participam desse programa: Polícia Militar, Polícia Civil, Defesa Civil, Operação Segurança Presente (Secretaria de Governo), Lei Seca (Secretaria de Governo), Operação Foco (Casa Civil), fiscais da Secretaria de Fazenda, Detran, Procon, Instituto de Pesos e Medidas, Departamento de Recursos Minerais, Instituto Estadual do Ambiente e Detro.
De acordo com o CEO da L8 Group, empresa curitibana especializada em desenvolvimento de tecnologia para cidades inteligentes e cibersegurança, que vai fornecer os 21.571 kits de câmeras portáteis que serão usadas nos uniformes dos agentes das forças de segurança do Rio, Leandro Kuhn, este é o maior projeto de câmeras corporais da América Latina, e o Sistema é o mais moderno que existe no mercado.
“A gente conseguiu integrar a escala de produção da Hikvision (maior fabricante de câmeras do mundo) com um software americano próprio para bodycams, o que garante a qualidade e segurança dos dados, com um ótimo custo/benefício”, explica Leandro.
Um dos diferenciais dos equipamentos é o reconhecimento facial, que indicará à central de controle qual agente de segurança pública que estará com cada um dos equipamentos. O contrato ainda prevê a instalação de centrais de carregamento, onde as baterias serão carregadas, com autonomia energética de até 12 horas fora da base.
Leandro Kuhn destaca a confiabilidade do sistema, uma vez que as imagens são gravadas nas câmeras, ao mesmo tempo que são transmitidas em tempo real para um Datacenter via 4G, o que possibilita o registro e o acompanhamento à distância das ações táticas. Além disso, as gravações são protegidas por uma tecnologia que evita que os dados sejam apagados ou editados. “Com isso, é possível garantir a inviolabilidade das imagens, para que possam ser usadas como provas em processos judiciais”, afirma.
Aproveitando o ensejo, poderiam colocar parte do contingente dos tais “segurança presente” para fazer patrulhamento fora dos dos centros comerciais dos bairros. É complicado ver uma companhia “guardando” 3, 5 km, sendo de 2 a 3 agentes por quarteirão. Enquanto a periferia desses bairros, ou bairros menos “importantes” sem patrulhamento algum. Aqui no Méier é muito agente na Dias, agora juntou a Guarda Municipal, enquanto do outro lado não temos segurança alguma. E olha que desse lado temos o 3ºBPM, Delegacia Judiciária, Delegacia Policial, Forum, Defensoria Pública, Inspetoria e o Salgado Filho. Outra coisa, nada de concertarem os sinais de trânsito da Lucidio Lago com a Castro Alves. Depois que acontencer um acidente não adianta vir prometer solução.