O espírito natalino tocou o ministro da Fazenda Paulo Guedes, de acordo com a jornalista Beranice Seara, do Jornal Extra, Guedes e o governador interino, Claudio Castro (PSC), tiveram nesta véspera de Natal uma conferência virtual pedida pelo presidente do BNDES, Gustavo Montezano e com a participação do senador Flavio Bolsonaro (Republicanos).
Durante a conferência, ficou acertado que já na terça-feira, 29/12, será publicado pelo governo do Estado do Rio o edital para concessão da CEDAE. O edital estava previsto para ser publicado na sexta-feira, 18/12, mas o governo federal tinha decidido que todo o valor obtido pela concessão seria usado para abater a dívida do estado do Rio com a União. Obviamente, isso fez com que os ânimos se acirrassem, e teria pouco impacto na dívida fluminense.
A perspectiva era de que com a venda da Cedae, o estado pagasse um débito de R$ 2,9 bilhões junto ao banco BNP Paribas. O restante da verba adquirida, de aproximadamente R$ 7 bilhões a R$ 12 bilhões, seria destinado a reduzir os débitos com a União. A dívida do Rio com o governo federal, no final de 2019, era de R$ 167 bilhões. Uma gota em um mar débitos.
Guedes agora ficou de até o fim deste ano, arrumar espaço fiscal que resulte, o mais rápido possível, em alguns bilhões nos cofres do Rio.
Investimentos e lances mínimos por bloco
Além de universalizar o saneamento básico para 13 milhões de pessoas em 12 anos, a concessão tem uma previsão de gerar R$ 31 bilhões de investimentos, com a geração de 46 mil empregos diretos.
O edital ainda prevê o maior investimento ambiental do país, com R$ 2,6 bilhões para despoluição da Baía de Guanabara e R$ 2,9 bilhões para melhoria na bacia do Rio Guandu, o que inclui seus afluentes. Para favelas serão destinados R$ 1,86 bilhão para a realização de obras e prestação de serviço e a ampliação da tarifa social para 5% dos usuários – atualmente atinge apenas 0,5%.
Mesmo após o leilão, a Cedae vai continuar produzindo água potável na Estação de Tratamento do Guandu. A única mudança é que a companhia vai vender essa água para as concessionárias privadas que vencerem o leilão
- Bloco 1: Zona Sul e mais 28 municípios do estado. Lance mínimo: R$ 3,947 bilhões
- Bloco 2: Barra da Tijuca, Jacarepaguá e mais quatro municípios. Lance mínimo: R$ 3,2 bilhões.
- Bloco 3: Zona Oeste e mais seis municípios. Lance mínimo: R$ 879 milhões.
- Bloco 4: Centro da cidade, Zona Norte e mais oito municípios. Lance mínimo: R$ 2,596 bilhões.
Dos 64 municípios do estado abastecidos pela Cedae, 47 decidiram à modelagem feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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