Pouca gente sabe, mas além de Petrópolis, a antiga família imperial tinha proximidade com outras cidades do estado do Rio de Janeiro. Uma delas é Itaguaí. O município fez parte do caminho do ouro e seu porto já era muito utilizado na época. Dom Pedro II esteve inúmeras vezes por lá e muita história mostra isso.
Um chafariz de estilo neoclássico, construído em 1847, localizado na esquina da Avenida General Bocaiuva com a Rua Maria Matos, no Centro de Itaguaí é um desses marcos históricos. Na época da sua construção, o chafariz era utilizado por Dom Pedro II e sua comitiva quando passavam pela cidade.
Contudo, nem só passagens breves marcaram a presença de Dom Pedro II por Itaguaí. Se deu na cidade um acontecimento que mudou sua vida e entrou para a história do país: “Foi na Praça da Aclamação, cujo nome oficial é Dom Luís Guanella, que Dom Pedro II foi aclamado imperador do Brasil”, contou Sérgio Câmara, coordenador de Turismo.
A fábrica de seda localizada na freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Bananal, em Itaguaí, construída no final dos anos 1830 por José Pereira Tavares, foi incorporada em uma sociedade anônima em 1854, sob a alcunha de Imperial Companhia Seropédica Fluminense, tendo como primeiro acionista e protetor D. Pedro II.
“Temos muitas histórias com Dom Pedro II. Só existem dois quadros originais feitos da figura de Dom Pedro II no Brasil. Um está em Petrópolis e outro na Câmara de Vereadores de Itaguaí. Quase ninguém tem noção dessa informação. À época, Dom Pedro deu esse quadro para Itaguaí”, conta o prefeito da cidade, Rubem Vieira, Rubão.
Outra imagem icônica de Dom Pedro II tem relação com Itaguaí. Uma foto de 1888, dele sentado à mesa junto com seu médico itaguaiense, Conde da Motta Maia. Mota Maia foi um dos médicos da corte imperial e autor de vasta produção científica em serviço à medicina no Brasil e no mundo.
Na cidade de Itaguaí, Dom Pedro II fundou a biblioteca municipal Machado de Assis, em 1880. Foi aberta no dia 02 de dezembro, data em que se comemorava o 50º aniversário do então imperador. Na época, ele doou 200 livros e hoje o centro de leitura conta com cerca de 1.500 títulos. O espaço fica na Casa de Cultura da Cidade.
Foto: Acervo Prefeitura de Itaguaí
Amei a matéria,amo a história do Brasil ??
Ótima matéria. Tem gente que pensa que a Baixada Fluminense é lugar só de violência e miséria, estereótipo do qual é difícil livrar-se. No entanto a Baixada é rica em história e importância cultural.
Muito bom conhecer a história do Brasil, parabéns pela Matéria!
Bom dia. Excelente matéria!!! Parabéns pelas imagens e pelos textos. É sempre mais enriquecedor saber um pouco mais das histórias desse nosso tão rico estado. Quanto mais o estudo, mais me surpreendo mais vontade tenho de continuar estudando. É difícil até olhar para outros estados quando se estuda sobre o Brasil em seu período colonial.