Até a segunda metade do século XVII para ter água em casa, os moradores do Rio de Janeiro precisavam ir buscar em rios. Muitas vezes, o pesado trabalho de levar toneis com dejetos que eram despejados e trazer outros com água limpa era feito por pessoas escravizadas.
No ano de 1602, houve uma proposta de canalização do Rio Carioca. No entanto, essa primeira tentativa mas não foi em frente.
Mais de 70 anos depois, em 1673, começaram os trabalhos de encanamento das águas do Rio Carioca para a área central da cidade. A partir da conclusão das obras, a distribuição se deu por meio de fontes, chafarizes, bicas d’água e aquedutos, entre eles o mais famoso, que está na Lapa até hoje.
O tempo passou e o abastecimento a partir do Rio Carioca se tornou insuficiente por conta da degradação da Mata Atlântica às margens das águas e do excesso de poluição.
“O trecho correspondente à nascente era fiscalizado pelas autoridades coloniais, que zelavam pela preservação da Mata. Porém, próximo à foz, na atual Praia do Flamengo o controle desaparecia”, informa um texto do Portal MultiRio.
De acordo com um registro do professor Nireu Cavalcanti “ao longo do seu caminho instalou-se um verdadeiro colar de lavanderias públicas, bebedouros de animais e reservatórios de lixo e de esgoto. Em curto espaço de tempo as águas estavam poluídas”.
A solução para o problema com o Rio Carioca foi fazer a captação de água através do Rio Maracanã. Depois disso, o restante é história. E ainda temos problemas de abastecimento não só na cidade como em boa parte da Região Metropolitana.