História da Elevatória do Lameirão, a ‘obra do século’

Construção de 32 quilômetros serve para transportar água por quase toda a cidade

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Foto: Carlos Eduardo Lima

Uma ponte que liga o bairro do Santíssimo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, até o Jardim Botânico. Parece loucura, mas ela existe. Não é uma ponte para transportar pessoas e veículos e sim água. A Elevatória do Lameirão foi chamada de “obra do século” nos anos 1960.

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Com 32 quilômetros de extensão, a Elevatória supera, por exemplo, a Ponte Rio-Niterói, que tem 13,2 quilômetros. Só para termos ideia do tamanho dessa construção. É responsável por abastecer mais de cinco milhões de pessoas, de acordo com dados da Cedae.

“A elevatória recebe metade do fluxo da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu. De lá [Santíssimo], a água segue por gravidade por um túnel até o Reservatório dos Macacos, no Jardim Botânico. Ao longo do percurso, a existência de alguns vales obrigou a construção de pontes-canais, ligando um maciço a outro. Cada uma tem 4,5 metros de altura por cinco metros de largura e aproximadamente 200 metros de comprimento. Essas estruturas ficam a 45 metros do solo e se concentram na Zona Oeste: no Viegas, em Bangu; dentro do Parque Estadual da Pedra Branca, em Realengo; e na Estrada do Catonho, em Sulacap”, informa o portal Instituto de Engenharia.

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A Elevatória do Lameirão foi inaugurada em 1966, no governo de Carlos Lacerda. À época, os jornais noticiaram que moradores da região da Zona Oeste, por onda a Construção passa, chegavam a reclamar do excesso de água. A construção da elevatória exigiu a escavação e retirada de 70.000 m³ de rocha e consumiu cerca de 35.000 m³ de concreto.

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“Foi uma obra futurística“, disse o chefe do departamento Lameirão da Cedae, Landerley Lemos de Abreu.

Cerca de 60 metros abaixo do nível do terreno galerias escavadas em rocha abrigam o salão de bombas e motores, galeria de válvulas, salão de bombas de esgotamento e galerias de acesso. Por questões de segurança as galerias subterrâneas são dotadas de sistema de alarme, bombas de esgotamento e portas estanques do tipo submarino.

“A Elevatória do Lameirão configura-se até os dias de hoje como uma portentosa obra de engenharia com singularidades que fazem dela a maior elevatória subterrânea de água tratada do mundo”, informa a Cedae.

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4 COMENTÁRIOS

  1. E todo este patrimônio físico e técnico corre o risco de ser colocado a disposição do capital predatório somente para atender a ganância de uns poucos que querem muito lucro e de outros que querem muita propina.
    O carioca vai chorar lágrimas de sangue se houver a privatização da CEDAE.

    • A CEDAE é do povo do Rio de Janeiro! Uma empresa pública, criada para atender as demandas do povo do Rio de Janeiro em relação aos serviços de água e esgoto do estado. Não podemos permitir que a CEDAE seja entregue a empresários mercenários que só visam o lucro financeiro. A CEDAE é uma das maiores promotoras de saúde pública preventiva do Brasil! Água é vida, é saúde! Não pode ser privatizada.

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