A maior ponte do Brasil e uma das maiores do mundo fica no Rio de Janeiro e está em evidência nos noticiários nos últimos dias por conta de um navio que bateu nela. A construção dessa obra faraônica esconde fatos curiosos e até assustadores. O DIÁRIO DO RIO conta a história da Ponte Rio-Niterói, oficialmente chamada Presidente Costa e Silva.
Alguns relatos antigos afirmam que o projeto da Ponte Rio-Niterói é do ano 1875. O objetivo dessa obra era evidente: ligar com mais facilidade a cidade do Rio de Janeiro aos municípios que ficavam no litoral norte do estado, do outro lado da Baía de Guanabara.
Antes da obra, o acesso para Niterói e municípios vizinhos só era possível via mar ou através de uma viagem terrestre de mais de 100 km, que passava pelo município de Magé. Existia também a ideia de fazer um túnel junto que faria a função da Ponte.
Somente em 1963 foi criado um grupo de trabalho para estudar um projeto para a construção de uma ponte que ligaria Rio-Niterói. Em 29 de dezembro de 1965, uma comissão executiva foi formada para cuidar do projeto definitivo dessa construção.
Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis – a empresa que resolve contribui para a valorização da cultura carioca
O projeto de construção da Ponte, idealizado por Mário Andreazza, então Ministro dos Transportes, foi assinado pelo presidente da ditadura militar Costa e Silva, no ano 1968.
Uma inauguração simbólica da obra, ocorrida em nove de novembro de 1968, contou com a presença da rainha da Grã-Bretanha, Elizabeth II e de sua alteza real, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo.
A apresentação oficial do projeto da Ponte Rio-Niterói aconteceu no dia 14 de novembro de 1968, na Escola de Engenharia da Universidade Católica de Petrópolis (UCP). As obras tiveram início em janeiro de 1969.
Uma estrutura de aço apoia a de concreto e asfalto da Rio-Niterói. Os engenheiros responsáveis pelo projeto da ponte de concreto foram Antônio Alves de Noronha Filho e Benjamin Ernani Diaz. O da ponte de aço foi o norte-americano James Graham.
Toda a estrutura que foi utilizada nas obras da Ponte Rio-Niterói foi fabricada na Inglaterra em módulos que chegaram ao Brasil por transporte marítimo. Essa importação foi bastante difícil, devido ao movimento que havia na Baía de Guanabara.
Mais de trinta pessoas perderam a vida durante as obras da Ponte Rio-Niterói, de acordo com jornais da época. Entretanto, muitos pesquisadores afirmam que o número de mortos é bem mais elevado.
“Morreram vários operários. Em um dos acidentes, eu me lembro bem, morreram 12 pessoas, inclusive um engenheiro. Como confirma pesquisa no Jornal do Brasil da Biblioteca Nacional, o acidente foi no dia 25 de março de 1970, ou seja, um ano após o início das obras. Mas não foi possível publicar, o assunto estava sob censura”, contou o jornalista Romildo Guerrante ao portal da PUC. Guerrante cobriu as obras da Ponte Rio-Niterói.
Muitos relatos dizem que alguns desses trabalhadores que morreram durante as obras ficaram concretados junto com os pilares que sustentam a Ponte.
“A morte dos operários concretados não era lenda. Naquele acidente censurado em que morreram 12 pessoas, o ‘tubulão’ se rompeu violentamente. Não havia chance para quem estava lá dentro. O que se sabe é que os corpos não foram resgatados, pois o concreto cobriu tudo”, destaca Romildo Guerrante.
Existe outra história assustadora ronda a Ponte. A revista Veja chegou a publicar que operários viram uma senhora vestida de branco, com uma rosa vermelha na mão andando pela Rio-Niterói.
A Ponte Rio-Niterói ficou pronta em março de 1974. A imponente obra mede 72m de altura e tem 13.290m de comprimento. Tamanho digno de uma obra tão importante para o Rio de Janeiro e para o Brasil.
Papai trabalhou na comento Tupi e dizia essas histórias de a Ponte ser o cemitério de muitos anônimos