A Fórmula 1 não vai acontecer no Rio de Janeiro. O que, no caso, foi até bom. Construir um autódromo desmatando uma floresta com mais de 200 mil árvores no último trecho plano de mata atlântica da cidade não é uma boa ideia. Contudo, em meio às especulações sobre a volta das corridas no Rio, surgiu a possibilidade de um circuito de rua, no Aterro do Flamengo. E essa possibilidade lembra outra história: a do Circuito da Gávea.
O Circuito da Gávea, também conhecido como “Trampolim do Diabo”, foi um circuito de rua que abrigou o Grande Prêmio Cidade do Rio de Janeiro e que começou a ser realizado nos anos 1930, na Avenida Niemeyer.
As famosas corridas de “baratinhas” mobilizavam muitas pessoas que ficavam à beira da pista vendo os carros passar em alta velocidade.
O circuito possuía um traçado de rua com mais de 11 quilômetros que contornava o Morro Dois Irmãos. A largada era na Rua Marquês de São Vicente. O trajeto seguia pelas Avenidas Bartolomeu Mitre, Visconde de Albuquerque, Niemeyer e Estrada da Gávea, onde hoje é a Rocinha. Com mais de 100 curvas e diferentes tipos de piso (asfalto, cimento, paralelepípedo e areia), o traçado era de risco para os pilotos. O local de largada, em que os carros cruzavam os escorregadios trilhos de bonde, aumentava ainda mais o perigo. Por isso o apelido “Trampolim do Diabo”.
“A subida era pelo atual Parque da Cidade. Tinha umas curvas de tirar o fôlego até mesmo dos pilotos mais experientes. Todavia, o circuito da prova destacava as belezas da cidade, o que na época ajudou a trazer turistas para o Rio“, conta o pesquisador Márcio Pereira.
Essas corridas, que deixaram de acontecer, definitivamente, em 1942, ajudaram a colocar o Rio de Janeiro no cenário automobilístico mundial. Atualmente, a Avenida Niemeyer tem outro tipo de corrida. A pé, atletas passam pela via na disputa da Maratona do Rio de Janeiro. Se provas de automobilismo tivessem que voltar a acontecer no Rio seria interessante que fossem na Avenida Niemeyer, no Aterro do Flamengo. Bem melhor que desmatar uma floresta para construir um autódromo.
Sobre a volta das corridas de automobilismo no Rio. Uma boa opção, seria a Formula E, que é voltada para os carros elétricos e a maioria dos circuitos são montados nas ruas das cidades.
Acredito que seria muito bom para a promoção da imagem do Rio.
Irineu Correa era de Petrópolis e tenho uma foto dele em sua baratinha nº 90, na porta da oficina Ford, onde preparava seu carro.
Também em Petrópolis há o Castelo São Manuel, construído pelo pai de Manuel,(Oscar de Teffé von Hoonholtz), e que abrigou a Virgem de Copacabana por muitos anos, quando a capelinha foi demolida para a construção do Forte de Copacabana.
Manuel Antônio de Teffé era sobrinho de Nair de Teffé, considerada a primeira cartunista mulher do mundo, cujos quadros assinava como Rian (seu nome ao contrário).
Ela foi a segunda esposa do Marechal Hermes da Fonseca, dona do cine Rian e socialite carioca, embora tenha nascido em Petrópolis.
Manuel de Teffé casou-se com Dana, uma tcheca. Esta protagonizou um rumoroso caso carioca, pela sua misteriosa morte.
Chegou a ocorrer acidentes sérios nesse circuito (??) sabe dizer (?)
Sim Daniel. Irineu Correa morreu no ano seguinte à sua vitória. Há uma foto dele sendo arremessado para fora do carro, se não me engano.
Interessante história, Lucena.
Gosto de ler o DDR por isso (!!)