Os doentes da esquadra do Diogo Valdez, no ano de 1582, foram atendidos na Santa Casa de Misericórdia, que até hoje em dia fica no mesmo lugar, na Rua Santa Luzia, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com pesquisadores, não se sabe ao certo a data da sua construção, mas a obra foi erguida na primeira leva de prédios que foram levantados na cidade do Rio, fundada em 1565. No ano de 1734, um terceiro pavimento foi acrescentado à Santa Casa.
“Após a transferência do cemitério que existia junto à Santa Casa para o Caju, um novo prédio foi erguido para servir de hospital. A construção foi iniciada em 1840 e no ano de 1852 já estava funcionando. Seu projeto inicial, atribuído ao Tenente Coronel de Engenharia Domingos Monteiro, é, no entanto, discutido em função das alterações realizadas na fachada durante a construção pelo Arquiteto José Maria Jacinto Rabelo”, informa o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).
A Irmandade da Misericórdia é uma instituição benemérita e bastante popular no Brasil. Em outras épocas, bem antes do SUS, era praticamente a base do sistema de saúde da maioria das cidades brasileiras.
“No hospital, além das extensas barras de azulejos holandeses, encontrados nos corredores de circulação e nas escadas, é notável a imensa galeria de retratos dos benfeitores, na qual se destacam grande número de telas setecentistas das mais antigas do acervo carioca. O seu interior abriga uma capela, cujo projeto é atribuído ao Arquiteto Joaquim Cândido Guilhobel e decorada com trabalhos de talha de Antônio de Pádua e Castro”, detalha o texto do Inepac.
O Hospital da Santa Casa de Misericórdia, construído na parte baixa do antigo Morro do Castelo, é uma das construções mais antigas e importantes de nossa história. Firme e forte, no mesmo lugar.
