Hoje em dia, ele é pouco visível e não causa muito orgulho à população do Rio de Janeiro. Entretanto, o Rio Carioca é fonte de muitas memórias passadas da Cidade Maravilhosa.
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Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis sempre contribuiu para melhorias em nossa cidade.
Desde os tempos da colônia, o Rio Carioca se fez importante para a Cidade. Até antes disso, pois ele era fundamental para a população indígena que vivia por aqui nos séculos passados.
Em 1503, na sua foz, onde hoje é a Praia do Flamengo, foi construída uma casa. Essa edificação, erguida a mando de Gonçalo Coelho – navegador português que comandou expedições que vinham da Europa para o Brasil -, entrou para a história do Rio de Janeiro.
“Dessa construção vem uma versão sobre o nome do Rio. Os índios Tamoios que viviam na região passaram a chamar essa casa de ‘akari oka’, que significa ‘casa de cascudo’. O nome ‘cascudo’ era um dos apelidos dado pelos índios aos portugueses, por causa da semelhança entre as armaduras dos europeus e as placas características do corpo desse tipo de peixe [o Cascudo]. Outra versão sobre a origem do nome do Rio é que uma aldeia, que ficava no sopé do outeiro da Glória, se chamava Karîoka, que significava ‘casa de carijó’” conta o historiador Maurício Santos.
O processo de desvio e canalização do Rio da Carioca começou nos séculos XVII e XVIII, durante a construção do Aqueduto da Carioca – que ficou pronto no ano 1750. Esse aqueduto alimentava inúmeras fontes e chafarizes da Cidade. Uma das principais fontes ficava na atual Rua da Carioca e deu origem à denominação do Largo da Carioca, que além de fonte era ponto de encontro da população.
Os séculos foram passando e o Rio Carioca sumindo dos olhos da população. Desde 1905, após obras de urbanização do prefeito Pereira Passos, o Carioca corre subterraneamente na maior parte de seu curso. Na época, a intenção era prevenir inundações, que, de fato, eram frequentes.
Outro problema, além das inundações, é a poluição do Rio. Problema que nunca foi combatido da forma certa. O resultado é o que vemos nos poucos trechos onde o Rio Carioca é visível.
“Se você joga esgoto, você reduz o rio a uma única função: transportar esgoto”, afirmou, em entrevista ao site da EBC, o engenheiro e professor da Fiocruz, Alexandre Pessoa, que fez um estudo sobre o manancial, quase inteiramente poluído pelo esgoto e lixo lançados pelas edificações localizadas no seu entorno.
No ano de 2003, começou a entrar em operação uma estação de tratamento de efluentes na foz do Rio, na Praia do Flamengo.
O Rio Carioca nasce aos pés do Cristo Redentor, no morro do Corcovado, e corta as favelas Cerro-Corá, Vila Cândido e Guararapes e os bairros do Cosme Velho, Laranjeiras e Flamengo. Ele tem 7,1 quilômetros de extensão. Apenas a cabeceira, dentro da Floresta da Tijuca, permanece preservada, limpa.
O Rio atravessa, a céu aberto, uma área onde há diversos pontos clandestinos de despejo de esgoto. Em seguida, desaparece, passa subterrâneo até ressurgir no Largo do Boticário, entre os bairros de Santa Teresa e Cosme Velho. A partir deste ponto, o Rio some de novo e só reaparece na foz. Contudo, o Rio Carioca nunca sumiu e nem sumirá da história da Cidade Maravilhosa.
Saberias me dizer de que livro do Maurício Santos é a citação? Tenho uma versão (muito resumida) do Nelson Costa (Rio de Ontem e de Hoje), onde ele afirma que o rio Carioca passava onde hoje é a rua Barão do Flamengo. Me deu um frisson só de pensar: eu morei naquela rua quando criança! Inclusive, segundo ele, o rio se origina na Serra da Carioca… Nunca tinha me dado conta que o rio Carioca passava em frente ao Largo do Boticário. (Eu sabia sobre o rio na rua das Laranjeiras.) Mostrei para meu marido e ele lembra termos visitado, quando estivemos no Brasil há vários anos para apresentá-lo para minha família. Fantástico artigo!
Gostaria duma informação. Conheço o itinerário do CARIOCA desde Guararapes até ele sumir sob o asfalto. NAO ENTEMDO UMA COISA. COMO E ONDE O rio conecta e supre o manancial de água que formava o aqueduto da Lapa.
Paulo Roque, olá. O que entendi até agora, pelo que pesquisei e que vi pessoalmente, lá no Silvestre – pela Almirante Alexandrino, você verá a Represa das Paineiras, onde corre o Rio Carioca desde a montanha. Bem, ao lado da represa, você verá uma pequenina casa. Esta casa na verdade é uma antiga caixa d’água chamada Mãe D’água. Dela foi feita uma tubulação que se entendi bem, segui quase que exatamente a Almirante Alexandrino, seguindo até o Aqueduto da Carioca.
Devemos considerar obviamente, que pode ter havido algumas mudanças entre as ruas atuais e os caminhos daquelas épocas, já que temos quase 130 anos desde que o aqueduto virou viaduto para bondes.
Desculpem o erro: não é “segui quase…” e sim “segue quase”
[…] iniciativa da proposta de tombamento do Rio Carioca, pelo Estado do Rio de Janeiro, partiu do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – INEPAC – […]