Por mais que algumas pessoas queiram negar isso, a integração e a mistura fazem parte da cultura do Rio de Janeiro. Algumas construções colaboram muito para isso. O Túnel Rebouças, que liga a Zona Norte a Zona Sul da Cidade Maravilhosa, é um desses símbolos.
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Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário da Cidade do Rio de Janeiro, a Sérgio Castro Imóveis apoia construções e iniciativas que visam o crescimento da Cidade Maravilhosa sem que as características mais simbólicas do Rio se percam.
Antes da construção do Rebouças, era uma viagem atravessar da Zona Sul para a Zona Norte. O Túnel Rio Comprido-Laranjeiras, inaugurado no século XIX, e o Túnel Santa Bárbara, em 1965, eram as duas opções que existiam.
“Eram duas cidades distintas. Os cariocas que queriam sair da Tijuca em direção à Zona Sul, por exemplo, tinham duas alternativas: pegar o Santa Bárbara; ou o Alto da Boa Vista, cair no Itanhangá, e dali partir em direção à Avenida Niemeyer. Era tudo muito demorado” explicou Paulo Cezar Ribeiro, professor do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, em entrevista ao Jornal Extra em 2007.
O Rebouças começou a ser construído em 1962. A idealização se deu durante o governo Carlos Lacerda em uma época de grandes mudanças urbanísticas na cidade e de incentivo ao uso de automóveis, em detrimento do sistema de transporte coletivo.
Entretanto, o Túnel só foi inaugurado, oficialmente, em 1967, na gestão de Negrão de Lima, com apenas uma galeria. Nessa época, a ligação Rio Comprido-Lagoa, como era conhecido o Túnel, era utilizada por apenas seis mil veículos por dia. Em 1969, a segunda parte da obra foi concluída.
Da inauguração até 1994, o Rebouças foi administrado pela Fundação DER/RJ. A partir de 1995, a administração do Túnel passou a ser feita pela prefeitura do Rio de Janeiro.
Em 2007, devido às fortes chuvas na cidade do Rio de Janeiro, um deslizamento de terra fechou a entrada da galeria no sentido Laranjeiras-Lagoa, causando sérios transtornos ao trânsito na cidade. No momento do acidente não havia veículos no local.
Vinte anos antes, em 1987, um deslizamento de 14 toneladas de terra e pedras também bloqueou o acesso ao túnel na entrada da Lagoa. O motivo foi o uma infiltração provocada por chuvas.
O nome do Túnel é uma homenagem aos engenheiros: André e Antônio Rebouças. Eles eram filhos de uma escrava alforriada e um alfaiate. Negos, em um período que ainda havia escravidão no Brasil estão entre os maiores engenheiros do Brasil durante o 2º Império , entre várias obras importantes para o país, está a solução do problema de abastecimento de água no Rio de Janeiro .
“Hoje é impossível imaginar o Rio de Janeiro sem o Túnel. Projetado para um volume de 76 mil veículos/dia, com duas faixas de rolamento e acostamento, possui 2.040 metros de galeria contínua da Lagoa até o Cosme Velho e mais 772 metros na galeria do Cosme Velho até o Rio Comprido, totalizando 2.840 metros. Atualmente o volume diário é de 190 mil veículos/dia, em três faixas de rolamento sem acostamento” informa o site de curiosidades Migalhas Quentes.