A Igreja São Francisco Xavier, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, celebra um marco histórico neste mês de julho: seus 456 anos de fundação. O templo religioso, envolto em uma rica trajetória, tem sido um símbolo de profunda devoção e espiritualidade para a comunidade carioca ao longo dos séculos.
Em julho de 1567, a pedido de Mem de Sá, o Padre José de Anchieta tornou-se um protagonista ativo na construção da Igreja São Francisco Xavier. É possível ler na fachada da igreja palavras que ecoam o legado do religioso: “Nesta Igreja ensinamos a amar a Deus, a defender a família e a trabalhar pelo Brasil“
Em 22 de novembro de 1795, a Igreja São Francisco Xavier alcançou um novo patamar ao ser elevada à Paróquia Perpétua. Essa distinção a tornou a primeira Paróquia da Tijuca e do Vicariato Norte, desempenhando um papel central na vida religiosa da região por décadas, até a criação da Paróquia São Joaquim, no Estácio, na Região Central, em 1865.
A história do templo religioso é marcada por um momento mais emblemático quando o Duque de Caxias assumiu a responsabilidade pela reconstrução. Em 1869, quando lhe ofereceram homenagens por suas vitórias nas campanhas militares, o Duque recusou os reconhecimentos e pediu: “Quando a Casa de Deus está em ruínas, o soldado não recebe festas. Ide reconstruir a Igreja de minha freguesia do Engenho Velho“
E além de sua relevância histórica, a Igreja São Francisco Xavier, abriga três relíquias de valor inestimável para a comunidade católica carioca, como:
- Pia Batismal em Mármore de Lioz: Trata-se de uma relíquia trazida da França pelos jesuítas em 1627, sendo considerada a mais antiga em uso no Rio de Janeiro.
- Imagem de Nossa Senhora das Dores: Um presente especial da Imperatriz D. Thereza Cristina, trazido da Europa em 1880.
- Fragmento Ósseo de São Francisco Xavier: Doado pelo Papa Pio XI em 1931, por ocasião da agregação da Igreja à Basílica de São João de Latrão, em Roma.