Infestação de mosquitos na região da Praça XV transforma polo gastronômico em quadra de ‘tênis’

Imensas nuvens de mosquitos devoram os que frequentam os bares e restaurantes das ruas Ouvidor, Rosário e Mercado, a ponto dos garçons andarem com raquetes de matar mosquito, em vez de cardápios e guardanapos

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Garçons do polo gastronômico da Praça XV, antes do horário de almoço, "jogando tênis" na tentativa de matar alguns dos mosquitos que infestaram toda a região / Foto: Diário do Rio

Uma das regiões que mais tem crescido e recebido investimentos no Centro do Rio é a área informalmente chamada de ‘Pequena Lisboa‘; quadrante localizado entre a Primeiro de Março, a Praça XV e os Centros Culturais da região da Candelária repleto de edificações históricas, sobrados coloniais, e muitas construções mais que centenárias. Ali, existe o conhecido Polo Gastronômico da Praça XV, formado por restaurantes que vão desde os refinados Albamar e Rio Minho, aos moderninhos Sobrado da Cidade, Capitu e Cais do Oriente, sem contar outras dezenas de bares e restaurantes que já vivem cheios.

Na região, os trechos mais comerciais das ruas do Rosário, Ouvidor e Mercado são fechados a automóveis e têm suas icônicas mesinhas de madeira dispostas pelas ruas, à sombra dos toldos móveis dos sobrados do século XIX; é comum sentar numa delas e tomar um chopinho ou uma cervejinha gelada enquanto curte-se um torresmo ou um bolinho de bacalhau ou de costela, ao som do samba ao vivo. Carioquice de primeira. Mas de uns tempos pra cá, quem senta pra comer escuta sem parar: TEC! TEC! TEC! TEC!

A gente olha pra trás e a primeira impressão é que todos os garçons estão jogando tênis. Todos, praticamente, tem raquetes coloridas nas mãos e ficam de um lado pro outro fustigando o ar com elas. É só olhar mais fixamente e a repórter percebe nuvens e mais nuvens – isso mesmo, são NUVENS! – de mosquitos por toda a parte. A região está tomada por eles: quem trabalha no local garante: “aqui só dá pra trabalhar de repelente“, disse uma garçonete que preferiu não se identificar, mas que naquele momento servia uma portentosa tábua de carnes numa mesinha com comensais bem na esquina da rua do Ouvidor com a Travessa do Comércio.

Ao se caminhar pelas ruas percebe-se a tentativa – mal sucedida – dos comerciantes em conter a mosquitada infernal colocando tapetes de plástico e outros tipos de tampões nos bueiros, de onde, acreditam, saem os mosquitos. “A gente ri do problema mas com certeza tem quem tenha medo de vir comer aqui e acabar pegando dengue ou chicungunha“, disse ao DIÁRIO um garçom que disse que o problema tem se agravado nos últimos anos. “Não passa mais fumacê por aqui, e a situação às vezes é chata e o cliente reclama”, dispara.

Alguma atitude deve ser tomada pra acabar com este problema, pois a região tem recebido muitos investimentos, e não merece este abandono“, disse Edson Ribeiro, que presta serviços à Irmandade dona da Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, que ficou fechada por 3 anos e deve reabrir ao público no mês de maio. Ribeiro comenta que nos últimos 6 meses mais de 10 prédios na região foram comprados por investidores, que estão fazendo obras, pintura e até restauro em alguns deles.

O DIÁRIO tem recebido muitas reclamações sobre infestações de mosquitos também em outros bairros, como Copacabana.

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8 COMENTÁRIOS

  1. Sobre tratar e cuidar de problema de esgotos, etc. Não se trata de esperança e sim de possibilidade de melhora. Vale lembrar que o que levou a privatização da Cedae(novo marco) foi exatamente a ineficiência das antigas gestões, capitaneada por governos lamentáveis. Lembramos que algo em torno de 50% da população brasileira não tem tratamento minino de esgoto. Isso não foi “obra” da Cedae privatizada. Foi safadeza e má gestão. Na história recente teve a”Geosmina” que fez com que famlias gastassem um bom recurso em agua mineral…isso so recente.
    40 anos, no minimo, de governos calhordas (inclusive alguns presos). A população “mortal” sofre com essa praga de herança brizolista (e socilista morena )

  2. REVIVER CENTRO OU INFESTA CENTRO? ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL ESTA RECRIANDO NO SECULO XXI PRAGAS BIBLICAS, COMO AS PASSAGENS DO EGITO. ASSIM IRÁ ESCREVER QUANDO SAIR DO GOVERNO O LIVRO “1000 PRAGAS QUE APLIQUEI NO REVIVER”

  3. Complementando:
    Me lembro dos carros Fumacê. As vezes até entravam na garagem do meu prédio.
    Foram cancelados com algumas justificativas nas quais me recordo de algumas: 1? O inseticida atacava as borboletas e aves, por exemplo. Porém após uns 30 anos de cancelamento, não vemos mais “borboletas”, diminuiram as aves (a não ser alguns Urubus), mas aumentaram os mosquitos (e doenças)
    2? Algumas pessoas são alérgicas, ok..é sério, porém, hoje estão mais desenvolvidos os componentes (antes tínhamos as bombas Flit) e acredito que possa ser realizado com mais criterios. E sei eu sei. Estamos no Brasil e, especificamente, no Rio. Aqui as palvras Critério, respeito e educação foram retiradas do vocabulário (entre outras)
    Mas alguma coisa poderia ser feita.
    Pensem nas pessoas que tem alergia a picada? Sem contar as doenças transmissíveis. Está se tornando “mais” um problema de saúde pública. Podendo sobrecarregar ainda mais o já combalido e carente sistema de saúde do município.
    Sds

  4. Mosquitos se tornaram uma praga.
    E não é uma “Benção” apenas do Centro (Gotham City). Recente, precisei, ir com muita frequência a Barra/Recreio em um determinado hospital. Loucura. Simplesmente loucura a quantidade de mosquitos que nos fustigam durante o dia e à noite inteira. Coisa horrível. Pernilongos graúdos. Aquele horário de 17:00? Esqueçam é o dia inteiro.
    Copacabana e Leme estão insuportáveis. Ninguém fica com Ar-Condicionado o dia inteiro. Gastos com inseticida, noites de sono interrompidas e o pior? Transmissào de doenças. Horrível. A cidade está imunda, árvores que ñão são podadas, esgotos e bueiros sem cuidados, etc..etc..

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