Internacionalismos: o aumento do fluxo migratório para Portugal

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Hoje vamos mudar um pouco a temática que temos tratado no dia a dia. Em vez de abordarmos processos, vamos examinar com lupa um fenômeno que atualmente ocorre com bastante intensidade, que é o aumento do fluxo migratório para Portugal.
Importante dizer que mesmo em tempos de crise no além-mar este fluxo nunca cessou. Faz parte de nossa profunda identificação cultural portuguesa. E mais intensamente ainda no Rio de Janeiro, onde a corte portuguesa se instalou, fugindo das hostes napoleônicas.

Entretanto, os números se multiplicaram, os pedidos de nacionalidade não param de surgir, os de visto mais ainda e mesmo as revalidações de diplomas, indicando um fluxo intenso e cujo crescimento ainda não estacionou. Emblemático também é o número de assessorias que surgiram no mercado sem qualquer experiência ou preparo, transformando um sonho, muitas vezes, em um grande problema.

E quais as razões deste crescimento? Podemos elencar algumas, dentro do que costumamos ouvir:
1) Segurança pública (trocar um país perigoso pelo terceiro país mais seguro do mundo)
2) Welfare state que funciona (boas escolas públicas, bom serviço público de saúde, boa previdência social, com acordo que muitas vezes aproveite a de cá)
3) Melhor qualidade de vida para si e para os filhos
4) “Deslumbre Europeu”. Há quem busque morar em Portugal por Status.
5) País em crescimento econômico com condições favoráveis ao empreendedorismo
6) Facilidade de obtenção de vistos, de nacionalidades e mesmo de revalidação de diplomas. Mesmo o processo de revalidação, tido como complexo, é bem mais simples que o de outros países.

A falta de condições análogas em Terra Brasilis foi determinante para este crescimento que já se faz sintomático e perceptível. Todos conhecem alguém que foi para Portugal. Seja de classe alta, média-alta, média, média-baixa ou baixa. Claro, as circunstâncias, possibilidades e meios mudam. Mesmo os objetivos. Mas muitos hoje, graças ao estreitamento global que traz o fenômeno da globalização, procuram com muito mais facilidade um caminho fora daqui. O que há algum tempo era algo quase impensável, hoje é palpável e, ainda, tem vários serviços que auxiliam para isto.

O lado ruim também existe em ambas as extremidades. Enquanto esta fuga de pessoas economicamente ativas beneficia Portugal sobremaneira, é prejudicial ao Brasil na mesma medida. Ainda mais quando falamos também em fuga de cérebros ou potenciais cérebros.

Do lado português, entretanto, nós temos um país do tamanho do Estado do Rio de Janeiro, com a população próxima à Capital deste Estado. As estruturas estavam prontas para comportar aquele número de pessoas. Este ano de 2018 foram quase 100.000 novas autorizações de residência emitidas. Sem se falar nos pedidos de nacionalidade em si. O número de pedidos de nacionalidade de netos de portugueses subiu quase 4000% de 2016 a 2018.

Então, quando perceberem que algum requerimento lá tem demorado mais que antigamente, tenha em mente que é um país pequeno, que recebeu grande fluxo de estrangeiros e que agora está a “arrebentar as costuras” como se diz lá, tentando se adaptar à nova realidade. Realidade da qual Portugal não pode também fugir, pois com o crescente envelhecimento da população, a solução mais imediata é aceitar estrangeiros economicamente ativos.

Escrevam para nós, sua dúvida é importante e poderá virar tema em um futuro artigo.

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