Conheci Eduardo Paes num sinal de trânsito, na campanha de 1996. Ele foi candidato a vereador e fez a campanha dele nas ruas, nos sinais de trânsito, nos locais onde as pessoas se aglomeravam. Votei nele. Depois, a política me fez reencontrá-lo várias vezes, as mais recentes foram nas campanhas de 2018, quando ele foi candidato ao governo do estado e em 2021, em dezembro, quando ele completou quase um ano do terceiro mandato. Nas três últimas vezes, Eduardo referiu-se ao impeachment da Presidente Dilma Rousseff como o momento em que o Congresso Nacional abriu uma nova unidade da Caixa de Pandora.
A primeira foi aberta pela própria Pandora, a Eva dos gregos. Antes de caminhar pelo tempo, a caixa foi um jarro, onde Zeus depositou todos os vícios e maldades, a raiva, a inveja e coisas tais. Pandora, por curiosidade, resolveu abrir o jarro e tudo o que Zeus conseguiu pensar como maldade, saiu de lá. Restou a esperança, que Nietzsche define como o pior dos males, na obra “Demasiado Humano”: “Quis Zeus que os homens, por mais torturados que fossem pelos males não rejeitasse a vida, mas continuassem a se deixar torturar”.
Hoje, quando vejo o que acontece na política brasileira sinto-me obrigado a concordar com Eduardo Paes. Nisso pelo menos. Depois do impeachment não se teve mais paz no Brasil. O primeiro dos males veio com disfarce de coisa boa, tornou-se presidente e só nos criou problema. Como uma coisa ruim puxa outra coisa ruim, da Caixa de Pandora saíram dois presidentes. Um já foi. O outro está aí a nos infernizar.
além de terem sido criados dois polos opostos, eles se retroalimentam do radicalismo e da guerra identitária. com a “caixa de pandora” aberta, não mais sairemos do lugar e o Brasil perderá seu lugar de direito no mundo e na história. Se existe “consolo” é que outras estão abertas em varias partes do mundo.
infernizar mesmo e mais preocupado com a turma dos puxa sacos do q com reformas