Na quinta-feira, quando o meu dia de trabalho caminhava para o fim, recebi um convite de um professor de comunicação, um amigo, o professor Artur, para conversar com alunos dele via zoom sobre comunicação política.
No tempo das perguntas, uma moça, Rita, levantou uma questão que me deixou empolgado. Ela comentou sobre o projeto Amor pelo Rio, que eu acredito que seja do conhecimento de poucas vezes, pela minha dificuldade de divulgar. Ele me perguntou: “achei interessante o senhor falar que o projeto Amor pelo Rio está dedicado à valorização de uma marca, que representa uma cidade, um estado e um povo. Nunca vi alguém se referir a uma cidade desse modo. Se o senhor fosse convidado para criar um slogan para um programa de governo com base na marca, o que o senhor faria?”
Caramba! Não pensei muito e respondi: Vamos superar o atraso, pois que, para todo o lado que eu olho a marca eu a vejo desvalorizada pelo atraso em se tomar medidas concretas a favor dela. Estamos atrasadíssimos diante do mundo e até de algumas cidades brasileiras.
A ideia do projeto Amor pelo Rio nasceu das minhas conversas com Rubem Medina durante os depoimentos dele sobre a democracia para o livro, “Isto de política meu caro Rubião…”. Disse-me ele, várias vezes, no curso e nos intervalos das conversas, “Parece que há um grupo de pessoas que não gosta do Rio e que chega mesmo a detestar a cidade e por isso tudo o que vê nela é ruim. E isso cria um círculo vicioso, que faz com que o que é ruim seja pior e nada de bom existe”. Então, resolvi partir para debater a questão sustentada num slogan.
Sim, temos problemas e quem não os tem no mundo todo? Só que quando penso nos problemas que temos, percebo que são problemas já resolvidos em vários lugares. As soluções existem e nós só estamos atrasados, porque quem pode tirar o atraso, anda faturando com ele ou fazendo coisas que não resolvem os problemas.
Por isso, se há uma proposta ótima para a disputa do próximo ano, esta proposta é : que tal superar o atraso?
“Que tal superar o atraso?”, pergunta o autor do artigo. Eu faço a seguinte pergunta: Que tal o Diário do Rio parar de espaço para gente canalha, desconexa da realidade e incompetente, como os irmãos Rodrigo e Rogério Amorim, o próprio autor do artigo, que auxiliou na campanha de muitos desses políticos de direita que vem acabando ainda mais com o Estado? Quando o site fará a autocrítica de ter apoiado Claudio Castro e sua trupe em 2022? Como bem apontou uma leitora, o próximo passo deve ser apoiar Braga Neto, militar fracassado ou Pazuello, criminoso que esteve no Ministério da Saúde e responsável por milhares de mortes por COVID (lembrai do que ele fez em Manaus). Eu acrescento mais nomes: Otoni de Paula, Talita Galhardo, ou qualquer nome que venha com o discurso de “sou o novo”. São esses, junto com seus aliados como Bolsonaro, que geram mais atraso ao estado e depois lançam a carta do “a culpa é da esquerda, blá blá blá”, que tanto o site quanto alguns de seus leitores engolem com vontade.
Haja visto o candidato defendido no Jornal do Rio para governador na eleição passada, o Cláudio Castro…E espaço para vozes ultra conservadoras e desconexas da realidade como Rodrigo Amorim e cia. Quintino e seu artigo vergonha alheia de puxa saquismo a “família real”, os Bragança e Orleans…
O conceito de superar o atraso das pessoas desse jornal, seria o pretérito do futuro?
Imagino que o Partido Militar indicará entre seus expoentes Braga Netto ou Pazuello para prefeito e esse jornal irá defende-los como fizera com o Castro e ocrim. Esse é o futuro? Um militar ou lacaio dos generais?
Dizer que o RJ é atrasado é golpe de vista ou demência. TUDO que acontece no Brasil tem o RJ como laboratório, seja para o bem ou para o mal.