Justiça diz que Crivella e irmão de ex-presidente da Riotur seriam protagonistas em esquema de corrupção

Investigação do MPRJ também destaca ''submissão'' de Crivella a Rafael Alves

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Respectivamente, Marcelo Crivella e Rafael Alves - Foto: Reprodução/Internet

A investigação sobre o ”QG da Propina”, que realizou busca e apreensão na residência de Marcelo Crivella e no Palácio da Cidade na última quinta-feira (10/09), chegou à conclusão de que o atual prefeito do Rio, juntamente com Rafael Ferreira Alves, são protagonistas em um esquema de corrupção na Prefeitura da capital fluminense.

Irmão de Marcelo Alves, ex-presidente da Riotur, Rafael, segundo as investigações, mesmo não tendo nenhum cargo oficial na Prefeitura, sendo sequer terceirizado, tem forte poder perante o Poder Executivo Municipal – ultrapassando, inclusive, o setor de turismo.

Rafael, por exemplo, é o dono do celular para o qual Marcelo Crivella ligou no dia 10/03, quando a Operação Hades estava em sua primeira fase e realizou busca e apreensão na Riotur e também na casa de Alves. O aparelho telefônico, no entanto, havia sido apreendido pela Polícia Civil e, quando tocou, estava nas mãos do delegado Clemente Braune, que atendeu.

”Bom dia, Rafael. Está tendo uma busca e apreensão na Riotur? Você está sabendo?”, disse Marcelo Crivella na ligação. Com isso, o delegado respondeu: ”Sim, estou ciente. É uma investigação da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.” Tão logo percebeu que não era Rafael Alves na ligação, Crivella encerrou a chamada.

Ainda de acordo com as investigações, em um dos celulares apreendidos em março, haviam 1.949 mensagens trocadas entre Crivella e Rafael, muitas delas sob linguagem cifrada, que funciona como uma ”barreira” para entender o significado. No entendimento da Justiça, Alves é uma espécie de ”mentor” do prefeito, e possivelmente sabe de fatos que, se vierem a público, podem acabar causando danos irreparáveis a Crivella.

Além disso, os promotores são enfáticos em afirmar que ”as provas obtidas a partir da operação confirmam as suspeitas iniciais e comprovam a efetiva participação e o protagonismo de Crivella no gigantesco esquema de corrupção, peculato, fraude a licitação e lavagem de dinheiro instalado no município do Rio”.

Por fim, no despacho da desembargadora Rosa Helena Guita, que determinou a operação de quinta-feira, uma frase traduz o poder de Rafael Alves sobre o prefeito Crivella: ”A subserviência do prefeito a Rafael Alves é assustadora.”

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1 COMENTÁRIO

  1. E o Romário (hein?)
    Quer dizer que o baixinho pediu (será que pagou?) para o Rafael Alves atuar junto ao Prefeito Crivella, para não ter demolida a edícula construída em área em desacordo com a lei ???

    Cadê o destaque sobre isso?
    Não foi Romário quem disse “eu avisei” sobre Witzel ??
    A máscara do baixinho caiu… corrupto!

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