Nos últimos anos o Rio de Janeiro sofreu um profunda crise econômica que gerou desemprego, desaceleração de investimentos, queda da arrecadação dos entes públicos e dificuldade de financiamento para políticas públicas em áreas como a saúde, a segurança e a qualificação profissional. Os efeitos ainda são sentidos e a recuperação é lenta mas já é possível perceber a chegada de algumas boas notícias.
O Rio tem voltado a atrair eventos e, consequentemente, arrecadação. As ocasiões movimentam setores como a hotelaria, a gastronomia e os transportes. E a atividade destes setores contribui com renda para o setor público e suas políticas.
Os eventos trarão 4 bilhões de reais para o Rio em 2019, sem dúvida uma cifra animadora. Além disso, novos locais têm ganho visibilidade como sede de eventos. Um exemplo é a Cidade das Artes. Inaugurado em 2008 pelo então Prefeito Cesar Maia e criticada por alguns, o complexo recebeu 50 festivais e 300 mil pessoas. A Zona Portuária também avança com armazéns e áreas ao ar livre sendo utilizados para eventos. Com certeza um efeito do projeto Porto Maravilha, que revitalizou a região na gestão Eduardo Paes. Ou seja, as gestões passadas não foram perfeitas, mas não se pode dizer que não deixaram um legado para a Cidade.
O Rio de Janeiro precisa abraçar sua vocação turística e oferecer infraestrutura, incentivo, organização e segurança. Além disso, a realização de eventos precisa ter regras claras, ser menos burocrática e não espantar promotores com altos tributos. Por fim, precisamos facilitar a chegada e saída dos participantes e, após a realização, entregar rapidamente o entorno limpo para nossa população e para próximos eventos. Com essas iniciativas e entendendo que o turismo e os eventos trazem emprego e renda teremos mais boas notícias.